Haity Moussatché
Nascido em Smirna, Turquia, em 21 de fevereiro de 1910, Haity Moussatché formou-se em medicina pela Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 1930, ingressou no Instituto Oswaldo Cruz (IOC) como estagiário, tendo sido contratado em 1937, onde trabalhou por 40 a...
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2019
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270222024-09-12T13:50:50Z9Galeria de Notáveis Cientistas Brasileiros Haity Moussatché Nascido em Smirna, Turquia, em 21 de fevereiro de 1910, Haity Moussatché formou-se em medicina pela Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 1930, ingressou no Instituto Oswaldo Cruz (IOC) como estagiário, tendo sido contratado em 1937, onde trabalhou por 40 anos. A partir daí tornou-se assistente, biólogo, professor, pesquisador e chefe da Seção de Farmacodinâmica. Um dos estudos com os quais se envolveu foi o da investigação do fato de o gambá ser resistente ao veneno de algumas cobras. Pesquisou também o choque anafilático e substâncias químicas que transferem informações de uma célula nervosa a outra, como a acetilcolina. Formado em medicina, logo se interessou pela área de fisiologia. O dinamismo de sua trajetória acadêmica explica-se porque ele acreditava que o cientista não devia direcionar seus esforços a temas únicos.. Moussatché considerava a carreira de pesquisador instigante por propor novos problemas a cada descoberta. Nos anos 70, teve seus direitos políticos cassados, por participar do movimento que ficou conhecido como " O massacre de Manguinhos" e passou a trabalhar como professor na Venezuela, na mesma universidade em que montou um grupo de pesquisas. Era defensor da responsabilidade social do cientista. Dizia que os pesquisadores devem sempre avaliar as consequências de seus estudos para a humanidade. Também era contra a exigência de publicação rápida de resultados que, na sua opinião, gerava muitos equívocos científicos. Haity foi fundador da International Society of Toxicology e da Sociedade de Biologia do Brasil; é membro da Academia Brasileira de Ciências, da Academia de Ciências de Nova Yorque, Academia de Ciências da América Latina, da Federação Mundial de Trabalhadores Científicos, da Associação Venezuelana para o Progresso da Ciência e da Associação para Criação do Parlamento Mundial e um dos criadores da Universidade de Brasília. Publicou mais de 200 trabalhos científicos. Foi membro dos conselhos científicos da Revista Brasileira de Biologia (1953) e da Acta Fisiológica Latino-Americana (1955), Em 1986, recebeu o prêmio Golfinho de Ouro do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Em 1993, foi condecorado na Venezuela e, um ano depois, o governo brasileiro agraciou-o com a Ordem Nacional do Mérito Científico, na classe Grã-Cruz. Moussatché morreu em 24 de julho de 1998, no Rio de Janeiro. 2019-06-25 Imagem Imagem Imagem Imagem Imagem vignette : https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/large/0edd653fe42b8e3c1bc83f24fdb8a5788e604eb6.jpg Trabalhou no Instituto Oswaldo Cruz pesquisando a ação de substâncias químicas. 2019-06-25 Entrevista Haity Moussatché https://pt.wikipedia.org/wiki/Haity_Moussatch%C3%A9 Ciências da Saúde https://repositorio.canalciencia.ibict.br/api/items/27022 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/0edd653fe42b8e3c1bc83f24fdb8a5788e604eb6.gif https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/d1d347bdcefd1fc940cac6ef62caa67c927b9ec2.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/378169144def9834489ac721d3e8801dfaa02cfd.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/f06cec4503380c27a5318506e48cb39c72be26af.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/f56bc2bdd2bd819d1398e93053b66485e774fc76.jpg |
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Nascido em Smirna, Turquia, em 21 de fevereiro de 1910, Haity Moussatché formou-se em medicina pela Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 1930, ingressou no Instituto Oswaldo Cruz (IOC) como estagiário, tendo sido contratado em 1937, onde trabalhou por 40 anos. A partir daí tornou-se assistente, biólogo, professor, pesquisador e chefe da Seção de Farmacodinâmica.
Um dos estudos com os quais se envolveu foi o da investigação do fato de o gambá ser resistente ao veneno de algumas cobras. Pesquisou também o choque anafilático e substâncias químicas que transferem informações de uma célula nervosa a outra, como a acetilcolina. Formado em medicina, logo se interessou pela área de fisiologia.
O dinamismo de sua trajetória acadêmica explica-se porque ele acreditava que o cientista não devia direcionar seus esforços a temas únicos.. Moussatché considerava a carreira de pesquisador instigante por propor novos problemas a cada descoberta. Nos anos 70, teve seus direitos políticos cassados, por participar do movimento que ficou conhecido como " O massacre de Manguinhos" e passou a trabalhar como professor na Venezuela, na mesma universidade em que montou um grupo de pesquisas. Era defensor da responsabilidade social do cientista.
Dizia que os pesquisadores devem sempre avaliar as consequências de seus estudos para a humanidade. Também era contra a exigência de publicação rápida de resultados que, na sua opinião, gerava muitos equívocos científicos.
Haity foi fundador da International Society of Toxicology e da Sociedade de Biologia do Brasil; é membro da Academia Brasileira de Ciências, da Academia de Ciências de Nova Yorque, Academia de Ciências da América Latina, da Federação Mundial de Trabalhadores Científicos, da Associação Venezuelana para o Progresso da Ciência e da Associação para Criação do Parlamento Mundial e um dos criadores da Universidade de Brasília. Publicou mais de 200 trabalhos científicos. Foi membro dos conselhos científicos da Revista Brasileira de Biologia (1953) e da Acta Fisiológica Latino-Americana (1955),
Em 1986, recebeu o prêmio Golfinho de Ouro do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Em 1993, foi condecorado na Venezuela e, um ano depois, o governo brasileiro agraciou-o com a Ordem Nacional do Mérito Científico, na classe Grã-Cruz. Moussatché morreu em 24 de julho de 1998, no Rio de Janeiro. |
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Trabalhou no Instituto Oswaldo Cruz pesquisando a ação de substâncias químicas. |
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