Leite materno ou fórmula infantil: será que isso influencia na composição dos microrganismos intestinais de bebês prematuros?
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2019
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Pesquisa para verificar e descrever a microbiota intestinal de bebês prematuros (com menos de 32 semanas de gestação) em relação ao tipo de alimento utilizada no pós-parto: leite materno ou fórmula infantil. |
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Neste estudo, foram encontradas variações na comunidade microbiana dentre os 5 grupos distintos: a maior riqueza microbiana foi encontrada naqueles que foram alimentados exclusivamente com leite materno, enquanto a menor foi encontrada no grupo alimentado exclusivamente com fórmula infantil. Os outros grupos apresentaram um resultado similar entre eles, ainda que tenham apresentado a diversidade de microrganismos muito abaixo do que a do grupo exclusivo de leite materno. Isso sugere que uma dieta baseada no uso de fórmula infantil desfavorece a colonização intestinal por maior diversidade de microrganismos em comparação com a alimentação por leite materno. As amostras das dietas baseadas em fórmula apresentaram concentrações muito mais elevadas de Escherichia e Clostridium (espécies de bactérias que podem causar doenças) em relação às amostras de leite materno, indicando que o leite materno conta com mecanismos de controle contra organismos patogênicos.
Ainda não se sabe exatamente os mecanismos pelos quais a microbiota intestinal influencia na saúde geral de um bebê recém-nascido, mas diversos estudos mostram a relação direta entre a baixa diversidade microbiana e o aparecimento de doenças. Como a alimentação é um importante fator no desenvolvimento dessa comunidade intestinal, entender o impacto de diferentes dietas nessa microbiota é crucial para que se melhore as condições de saúde de bebês prematuros, sendo essa uma estratégia interessante para a abordagem médica. Você sabia que existem milhares de seres microscópicos que vivem e trabalham junto com as células do nosso corpo, influenciando a qualidade da nossa saúde? O conjunto desses seres é chamado de microbiota e, quando habitam o intestino, formam a chamada microbiota intestinal, que tem função importante para o metabolismo, desenvolvimento e comportamento do organismo. Em bebês, a composição dessa microbiota intestinal depende de vários fatores, como por exemplo: tempo de gestação, tipo do parto, idade do bebê, se já tomou antibióticos, ambiente em que vive, e amamentação. Em bebês prematuros, alguns estudos mostraram que o leite materno tem papel essencial para a saúde intestinal, melhorando o ganho de peso e o desenvolvimento do bebê. Isso pode sugerir que esse alimento possui propriedades muito interessantes, inclusive ligadas ao estabelecimento da microbiota intestinal do prematuro. Seguindo essa ideia, a equipe da pesquisadora Adriana Zanella, da Unidade de Neonatologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, fez um estudo para verificar e descrever a microbiota intestinal de bebês prematuros (com menos de 32 semanas de gestação) em relação ao tipo de alimentação utilizada no período pós-parto. Os pesquisadores, portanto, compararam as diferenças causadas por duas situações distintas: ingestão de leite materno ou de fórmula infantil. Na pesquisa foram analisadas amostras de fezes de bebês prematuros para identificação das espécies de microorganismos que compunham a microbiota intestinal de cada um. As amostras de fezes foram coletadas semanalmente das fraldas durante os primeiros 28 dias de vida dos recém-nascidos (incluindo a primeira defecação da vida do bebê). Todo o procedimento foi autorizado pelos responsáveis das crianças e aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) Os bebês foram separados em cinco grupos de acordo com a alimentação administrada: (i) leite materno exclusivamente, (ii) fórmula infantil exclusivamente, (iii) mistura de 50% de fórmula com 50% de leite materno, (iv) mistura de fórmula com 70% ou mais de leite materno, e (v) mistura de leite materno com 70% ou mais de fórmula. Eles foram alimentados dessa maneira durante os 28 dias das investigações. Para a identificação das espécies microbianas, foram usadas técnicas de extração e processamento de DNA. Os dados foram analisados usando ferramentas estatísticas. Grupos de acordo com a alimentação administrada |
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Isso sugere que uma dieta baseada no uso de fórmula infantil desfavorece a colonização intestinal por maior diversidade de microrganismos em comparação com a alimentação por leite materno. As amostras das dietas baseadas em fórmula apresentaram concentrações muito mais elevadas de Escherichia e Clostridium (espécies de bactérias que podem causar doenças) em relação às amostras de leite materno, indicando que o leite materno conta com mecanismos de controle contra organismos patogênicos. Ainda não se sabe exatamente os mecanismos pelos quais a microbiota intestinal influencia na saúde geral de um bebê recém-nascido, mas diversos estudos mostram a relação direta entre a baixa diversidade microbiana e o aparecimento de doenças. Como a alimentação é um importante fator no desenvolvimento dessa comunidade intestinal, entender o impacto de diferentes dietas nessa microbiota é crucial para que se melhore as condições de saúde de bebês prematuros, sendo essa uma estratégia interessante para a abordagem médica. Você sabia que existem milhares de seres microscópicos que vivem e trabalham junto com as células do nosso corpo, influenciando a qualidade da nossa saúde? O conjunto desses seres é chamado de microbiota e, quando habitam o intestino, formam a chamada microbiota intestinal, que tem função importante para o metabolismo, desenvolvimento e comportamento do organismo. Em bebês, a composição dessa microbiota intestinal depende de vários fatores, como por exemplo: tempo de gestação, tipo do parto, idade do bebê, se já tomou antibióticos, ambiente em que vive, e amamentação. Em bebês prematuros, alguns estudos mostraram que o leite materno tem papel essencial para a saúde intestinal, melhorando o ganho de peso e o desenvolvimento do bebê. Isso pode sugerir que esse alimento possui propriedades muito interessantes, inclusive ligadas ao estabelecimento da microbiota intestinal do prematuro. Seguindo essa ideia, a equipe da pesquisadora Adriana Zanella, da Unidade de Neonatologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, fez um estudo para verificar e descrever a microbiota intestinal de bebês prematuros (com menos de 32 semanas de gestação) em relação ao tipo de alimentação utilizada no período pós-parto. Os pesquisadores, portanto, compararam as diferenças causadas por duas situações distintas: ingestão de leite materno ou de fórmula infantil. Na pesquisa foram analisadas amostras de fezes de bebês prematuros para identificação das espécies de microorganismos que compunham a microbiota intestinal de cada um. As amostras de fezes foram coletadas semanalmente das fraldas durante os primeiros 28 dias de vida dos recém-nascidos (incluindo a primeira defecação da vida do bebê). Todo o procedimento foi autorizado pelos responsáveis das crianças e aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) Os bebês foram separados em cinco grupos de acordo com a alimentação administrada: (i) leite materno exclusivamente, (ii) fórmula infantil exclusivamente, (iii) mistura de 50% de fórmula com 50% de leite materno, (iv) mistura de fórmula com 70% ou mais de leite materno, e (v) mistura de leite materno com 70% ou mais de fórmula. Eles foram alimentados dessa maneira durante os 28 dias das investigações. Para a identificação das espécies microbianas, foram usadas técnicas de extração e processamento de DNA. Os dados foram analisados usando ferramentas estatísticas. Grupos de acordo com a alimentação administrada Influence of own mother’s milk and different proportions of formula on intestinal microbiota of very preterm newborns Pesquisa para verificar e descrever a microbiota intestinal de bebês prematuros (com menos de 32 semanas de gestação) em relação ao tipo de alimento utilizada no pós-parto: leite materno ou fórmula infantil. 2019-11-20 Ciências da Saúde Na pesquisa foram analisadas amostras de fezes de bebês prematuros para identificação das espécies de microorganismos que compunham a microbiota intestinal de cada um. As amostras de fezes foram coletadas semanalmente das fraldas durante os primeiros 28 dias de vida dos recém-nascidos (incluindo a primeira defecação da vida do bebê). Todo o procedimento foi autorizado pelos responsáveis das crianças e aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) Os bebês foram separados em cinco grupos de acordo com a alimentação administrada: (i) leite materno exclusivamente, (ii) fórmula infantil exclusivamente, (iii) mistura de 50% de fórmula com 50% de leite materno, (iv) mistura de fórmula com 70% ou mais de leite materno, e (v) mistura de leite materno com 70% ou mais de fórmula. Eles foram alimentados dessa maneira durante os 28 dias das investigações. Para a identificação das espécies microbianas, foram usadas técnicas de extração e processamento de DNA. Os dados foram analisados usando ferramentas estatísticas. Grupos de acordo com a alimentação administrada https://repositorio.canalciencia.ibict.br/api/items/26576 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/f5694abfadec2deb19ddb4fae36b78d821e53d4d.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/8f3ae6e582865bfd1f4ef8d3d33afbac08283e9f.jpg |