Fóssil único de inseto aquático é encontrado no Ceará

Detalhes bibliográficos
Principais autores: Arianny P. Storari, Taissa Rodrigues Marques da Silva, Antonio Alamo Feitosa Saraiva, Frederico F. Salles
Formato: Online
Publicado em: 2021
Assuntos:
Acesso em linha:https://canalciencia.ibict.br/ciencia-em-sintese/artigo?item_id=26473
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abstract Pesquisadores brasileiros encontram fóssil único de inseto aquático do período do Cretáceo na bacia do Araripe, no interior do estado do Ceará.
coverage Incogemina nubila é o segundo adulto fossilizado do grupo dos oligoneuróides encontrado, e o primeiro a ser descrito em detalhes. A descoberta de uma nova subfamília de Oligoneuriidae no Mesozoico da América do Sul preenche lacunas importantes na história evolutiva desses insetos aquáticos. Do ponto de vista biogeográfico, eles demonstram que a divergência entre o grupo cosmopolita Oligoneuriinae e o grupo asiático Incogemininae provavelmente ocorreu ainda quando estavam na América do Sul, no período de separação do supercontinente Gondwana.
A pesquisa trata de um fóssil que foi encontrado na Bacia do Araripe, no interior do estado do Ceará. Ele foi identificado como uma nova espécie de inseto aquático que viveu há milhões de anos, no período Cretáceo. Antes de falar mais sobre o fóssil do inseto aquático encontrado, é preciso contextualizar o período em que ele viveu: Cretáceo, que corresponde ao final da Era Mesozoica e se passou entre 145 milhões e 65 milhões de anos atrás (Figura 1). Nesse período, surgiram plantas com flores (angiospermas), muitos grupos de insetos, peixes ósseos, tartarugas, crocodilos, lagartos, anfíbios anuros. Além disso, apareceram também os mamíferos atuais, que dividiam o espaço com várias espécies de dinossauros. Durante a separação do antigo continente Gondwana (separando a América do Sul da África do Sul), há cerca de 115 milhões de anos, formou-se a Bacia do Araripe, localizada nos estados do Ceará, Pernambuco e Piauí, onde são encontrados, hoje, uma grande diversidade de fósseis. Há milhões de anos, esse local possuía grande quantidade de água doce com diversas espécies de plantas, insetos, inúmeros peixes, tartarugas e pterossauros. E foi nesse lugar que pesquisadores brasileiros da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), da Universidade Regional do Cariri (URCA) e Universidade Federal de Viçosa (UFV) encontraram um fóssil de inseto, classificado como uma nova espécie de inseto aquático, também chamados de efemérides, denominado de Incogemina nubila (Figura 2).
Figura 1 – Escala geológica - evolução das espécies no planeta Terra
Figura 2 - Incogemina nubila gen. et sp. nov. holótipo LPU 1696, adulto. Fotografia em vista dorsal. Barra de escala 5 mm
Para compreender a pesquisa, é preciso primeiro entender 2 termos chaves: espécime e holótipo. Espécime é o termo utilizado para denominar um exemplar ou amostra de qualquer material ou ser vivo. Já o termo holótipo é um espécime único (ou fragmento do espécime) usado pelo taxonomista para a descrição original de uma espécie. Ou seja, para esse estudo, foi localizado e coletado um holótipo de um inseto adulto, único, fossilizado dentro de uma rocha constituída de carbonato. Depois de uma série de análises filogenéticas, esse espécime foi classificado como Incogemina nubila. O holótipo recebeu o número de coleção LPU 1696 e foi encontrado na mina Antônio Finelon da Formação Crato, no município de Nova Olinda, Ceará, Brasil (Figura 3).
Figura 3 – Mapa da localidade mostrando a Mina Antônio Finelon, no município de Nova Olinda, onde foi coletada a LPU 1696. Chapada do Araripe e afloramentos do Grupo Santana e da Formação Crato também são indicados
institution Universidade Federal do Espírito Santo
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Universidade Regional do Cariri
Universidade Federal de Viçosa
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spelling 264732023-09-22T18:34:28Z1[CeS] Textos de divulgação Fóssil único de inseto aquático é encontrado no Ceará Arianny P. Storari Taissa Rodrigues Marques da Silva Antonio Alamo Feitosa Saraiva Frederico F. Salles cretáceo insetos aquáticos fossilização Universidade Federal do Espírito Santo Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico Universidade Regional do Cariri Universidade Federal de Viçosa 2021-03-30 Figura 2 - Incogemina nubila gen. et sp. nov. holótipo LPU 1696, adulto. Fotografia em vista dorsal. Barra de escala 5 mm vignette : https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/large/87c1f4419e63f624876710aa997112600d17e4bc.jpg Incogemina nubila é o segundo adulto fossilizado do grupo dos oligoneuróides encontrado, e o primeiro a ser descrito em detalhes. A descoberta de uma nova subfamília de Oligoneuriidae no Mesozoico da América do Sul preenche lacunas importantes na história evolutiva desses insetos aquáticos. Do ponto de vista biogeográfico, eles demonstram que a divergência entre o grupo cosmopolita Oligoneuriinae e o grupo asiático Incogemininae provavelmente ocorreu ainda quando estavam na América do Sul, no período de separação do supercontinente Gondwana. A pesquisa trata de um fóssil que foi encontrado na Bacia do Araripe, no interior do estado do Ceará. Ele foi identificado como uma nova espécie de inseto aquático que viveu há milhões de anos, no período Cretáceo. Antes de falar mais sobre o fóssil do inseto aquático encontrado, é preciso contextualizar o período em que ele viveu: Cretáceo, que corresponde ao final da Era Mesozoica e se passou entre 145 milhões e 65 milhões de anos atrás (Figura 1). Nesse período, surgiram plantas com flores (angiospermas), muitos grupos de insetos, peixes ósseos, tartarugas, crocodilos, lagartos, anfíbios anuros. Além disso, apareceram também os mamíferos atuais, que dividiam o espaço com várias espécies de dinossauros. Durante a separação do antigo continente Gondwana (separando a América do Sul da África do Sul), há cerca de 115 milhões de anos, formou-se a Bacia do Araripe, localizada nos estados do Ceará, Pernambuco e Piauí, onde são encontrados, hoje, uma grande diversidade de fósseis. Há milhões de anos, esse local possuía grande quantidade de água doce com diversas espécies de plantas, insetos, inúmeros peixes, tartarugas e pterossauros. E foi nesse lugar que pesquisadores brasileiros da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), da Universidade Regional do Cariri (URCA) e Universidade Federal de Viçosa (UFV) encontraram um fóssil de inseto, classificado como uma nova espécie de inseto aquático, também chamados de efemérides, denominado de Incogemina nubila (Figura 2). Figura 1 – Escala geológica - evolução das espécies no planeta Terra Figura 2 - Incogemina nubila gen. et sp. nov. holótipo LPU 1696, adulto. Fotografia em vista dorsal. Barra de escala 5 mm Para compreender a pesquisa, é preciso primeiro entender 2 termos chaves: espécime e holótipo. Espécime é o termo utilizado para denominar um exemplar ou amostra de qualquer material ou ser vivo. Já o termo holótipo é um espécime único (ou fragmento do espécime) usado pelo taxonomista para a descrição original de uma espécie. Ou seja, para esse estudo, foi localizado e coletado um holótipo de um inseto adulto, único, fossilizado dentro de uma rocha constituída de carbonato. Depois de uma série de análises filogenéticas, esse espécime foi classificado como Incogemina nubila. O holótipo recebeu o número de coleção LPU 1696 e foi encontrado na mina Antônio Finelon da Formação Crato, no município de Nova Olinda, Ceará, Brasil (Figura 3). Figura 3 – Mapa da localidade mostrando a Mina Antônio Finelon, no município de Nova Olinda, onde foi coletada a LPU 1696. Chapada do Araripe e afloramentos do Grupo Santana e da Formação Crato também são indicados Unmasking a gap: A new oligoneuriid fossil (Ephemeroptera: Insecta) from the Crato Formation (upper Aptian), Araripe Basin, NE Brazil, with comments on Colocrus McCafferty Pesquisadores brasileiros encontram fóssil único de inseto aquático do período do Cretáceo na bacia do Araripe, no interior do estado do Ceará. 2021-03-30 Ciências Exatas e da Terra Para compreender a pesquisa, é preciso primeiro entender 2 termos chaves: espécime e holótipo. Espécime é o termo utilizado para denominar um exemplar ou amostra de qualquer material ou ser vivo. Já o termo holótipo é um espécime único (ou fragmento do espécime) usado pelo taxonomista para a descrição original de uma espécie. Ou seja, para esse estudo, foi localizado e coletado um holótipo de um inseto adulto, único, fossilizado dentro de uma rocha constituída de carbonato. Depois de uma série de análises filogenéticas, esse espécime foi classificado como Incogemina nubila. O holótipo recebeu o número de coleção LPU 1696 e foi encontrado na mina Antônio Finelon da Formação Crato, no município de Nova Olinda, Ceará, Brasil (Figura 3). Figura 3 – Mapa da localidade mostrando a Mina Antônio Finelon, no município de Nova Olinda, onde foi coletada a LPU 1696. Chapada do Araripe e afloramentos do Grupo Santana e da Formação Crato também são indicados https://repositorio.canalciencia.ibict.br/api/items/26473 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/87c1f4419e63f624876710aa997112600d17e4bc.png https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/183353903b94daa2a4c65b55edc60b0966b9af45.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/888e7a9eebfb68c0937cf1514c1988942185a211.jpg