Novo modelo de cadeira de rodas para uso residencial

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Júlio Cezar Augusto da Silva
Formato: Online
Publicado em: 2016
Assuntos:
Acesso em linha:https://canalciencia.ibict.br/ciencia-em-sintese/artigo?item_id=26258
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abstract A pesquisa mostra o projeto de desenvolvimento da cadeira de rodas residencial de forma sustentável.
coverage Uma das inovações trazidas pela ‘cadeira de rodas residencial’ é seu sistema de movimentação, caracterizado por um aro de impulsão desvinculado da roda traseira. A transferência do movimento do aro para a roda é feita por um sistema de transmissão composto por correias e polias. Desta forma, a cadeira ficou mais estreita, sem perder a estabilidade. Outra inovação introduzida foi o apoio retrátil para os pés, que reduz o comprimento da cadeira durante manobras em espaços restritos. Essas inovações melhoram significativamente a acessibilidade. A cadeira de rodas tradicional necessita de uma área livre considerável para manobrar, que resulta em indesejáveis limitações, tanto em ambiente doméstico quanto em espaços públicos. A redução nas dimensões da ‘cadeira de rodas residencial’ proporcionou maior apropriação da residência pelo cadeirante ao facilitar a passagem por corredores e portas, manobras e o acesso à cômodos e mobiliário. As inovações também fazem com que o novo modelo apresente melhor desempenho, por permitir o posicionamento correto e mais confortável do usuário. Além disso, reduz o risco de lesões por esforço repetitivo, comumente provocadas pelos modelos tradicionais, pois a posição de condução respeita os movimentos naturais do cadeirantes e as limitações de suas articulações. Foi dada atenção especial à aparência final do produto, a fim de reduzir o impacto visual negativo da cadeira de rodas. A ‘cadeira de rodas residencial’ apresenta uma estética leve, discreta e apropriada ao ambiente doméstico. A forma e as opções de materiais e acessórios combinam com aqueles normalmente encontrados em uma residência. O encosto rebatível gera novas opções de espaços nos quais a cadeira possa ser estacionada quando fora de uso. O produto também permite a personalização por meio da troca fácil de cores e acabamentos, para que o usuário possa escolher a aparência de sua cadeira que melhor lhe agrade, da mesma forma que escolhe sua roupa. Com isso, o impacto visual que o produto provoca pode ser alterado de provação para autonomia, ajudando a reduzir o preconceito e a retirar o caráter dramático do uso de cadeira de rodas. O projeto 'Desenvolvimento de cadeira de rodas residencial' recebeu a medalha de prata no Prêmio Internacional Objeto Brasil 2016, na categoria Design para Todos/Economia Solidária.
Os portadores de restrições motoras ocasionadas por malformações congênitas, doenças (ex.: paralisia cerebral), senilidade ou acidentes enfrentam muitos desafios no seu dia a dia, além de longos processos de reabilitação até que consigam superar as dificuldades de locomoção. A ciência, aliada ao desenvolvimento tecnológico, busca soluções que proporcionem maior independência e conforto para as pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida, muitas delas usuárias de cadeiras de rodas, cujo simbolismo está fortemente associado a dramas pessoais. Soluções que proporcionem maior qualidade de vida às pessoas que dependem de cadeiras de rodas, dando a elas mais autonomia, liberdade e capacidade para se movimentar, são fundamentais para a recuperação da autoestima e reintegração à sociedade. Empenhado em melhorar a acessibilidade de pessoas com deficiência física e de idosos com mobilidade reduzida, aumentar o grau de autonomia dessas pessoas, bem como limitar a necessidade de auxílio por parte de parentes e cuidadores, os pesquisadores Júlio Cezar Augusto da Silva, Angelina Chacur, Bruna Milan e Mauro Melo, da Divisão de Desenho Industrial, do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), desenvolveram um novo modelo de cadeira de rodas. A ‘cadeira de rodas residencial’ proposta é mais estreita do que as versões convencionais concebidas para locomoção na rua, com dimensões adequadas à passagem por portas e corredores de casas e apartamentos. A cadeira é provida de inovações que melhoram a mobilidade do cadeirante, reduzindo o trabalho mecânico e evitando dores nos ombros associadas ao esforço físico.
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O projeto de desenvolvimento da ‘cadeira de rodas residencial’ foi dividido em sete etapas. Na primeira, foram selecionados, sete cadeirantes de diferentes classes sociais e condições de moradia, para avaliação das rotinas de uso de cadeira de rodas. As tarefas realizadas pelos cadeirantes e seus auxiliares, em situações de uso no ambiente doméstico, foram acompanhadas e analisadas pela equipe de pesquisadores. Na segunda etapa, foram avaliados aspectos ergonômicos relacionados às medidas do corpo dos cadeirantes, às cadeiras de rodas utilizadas por eles, às posturas assumidas e esforços aplicados por eles e por seus auxiliares. Esta avaliação gerou parâmetros utilizados nos projetos construtivos que resultaram na ‘cadeira de rodas residencial’. A terceira etapa envolveu tanto a análise das características das cadeiras de rodas existentes nos mercados nacional e internacional quanto o levantamento de artigos científicos, teses e dissertações nas áreas de design, ergonomia, usabilidade, engenharia mecânica e sobre os problemas de locomoção enfrentados pelos cadeirantes em suas residências. Nesta etapa, também foram entrevistados especialistas e visitados fabricantes de cadeiras de rodas e feiras nacionais de equipamentos de tecnologia assistiva. Já a quarta etapa de desenvolvimento foi dedicada à geração de conceitos inovadores que resultassem em cadeiras de rodas mais eficientes. Esses conceitos englobaram design – a concepção do produto no que se refere à sua forma física, dimensões e funcionalidades – e engenharia mecânica. A quinta etapa visou a seleção conceito mais promissor na solução dos problemas identificados nas cadeiras de rodas convencionais, e a construção de um protótipo, o qual foi submetido a situações reais de uso para que imperfeições fossem identificadas e corrigidas no projeto original. Feitas as correções, o protótipo foi usado e avaliado por cadeirantes voluntários. Comprovada a eficiência e segurança do protótipo, foi juntada toda a documentação necessária para solicitação de registro de patente da ‘cadeira de rodas residencial’ e sua apresentação ao setor produtivo visando à fabricação em escala industrial.
institution Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
publishDate 2016
publishDateFull 2016-09-15
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A cadeira de rodas tradicional necessita de uma área livre considerável para manobrar, que resulta em indesejáveis limitações, tanto em ambiente doméstico quanto em espaços públicos. A redução nas dimensões da ‘cadeira de rodas residencial’ proporcionou maior apropriação da residência pelo cadeirante ao facilitar a passagem por corredores e portas, manobras e o acesso à cômodos e mobiliário. As inovações também fazem com que o novo modelo apresente melhor desempenho, por permitir o posicionamento correto e mais confortável do usuário. Além disso, reduz o risco de lesões por esforço repetitivo, comumente provocadas pelos modelos tradicionais, pois a posição de condução respeita os movimentos naturais do cadeirantes e as limitações de suas articulações. Foi dada atenção especial à aparência final do produto, a fim de reduzir o impacto visual negativo da cadeira de rodas. A ‘cadeira de rodas residencial’ apresenta uma estética leve, discreta e apropriada ao ambiente doméstico. A forma e as opções de materiais e acessórios combinam com aqueles normalmente encontrados em uma residência. O encosto rebatível gera novas opções de espaços nos quais a cadeira possa ser estacionada quando fora de uso. O produto também permite a personalização por meio da troca fácil de cores e acabamentos, para que o usuário possa escolher a aparência de sua cadeira que melhor lhe agrade, da mesma forma que escolhe sua roupa. Com isso, o impacto visual que o produto provoca pode ser alterado de provação para autonomia, ajudando a reduzir o preconceito e a retirar o caráter dramático do uso de cadeira de rodas. O projeto 'Desenvolvimento de cadeira de rodas residencial' recebeu a medalha de prata no Prêmio Internacional Objeto Brasil 2016, na categoria Design para Todos/Economia Solidária. Os portadores de restrições motoras ocasionadas por malformações congênitas, doenças (ex.: paralisia cerebral), senilidade ou acidentes enfrentam muitos desafios no seu dia a dia, além de longos processos de reabilitação até que consigam superar as dificuldades de locomoção. A ciência, aliada ao desenvolvimento tecnológico, busca soluções que proporcionem maior independência e conforto para as pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida, muitas delas usuárias de cadeiras de rodas, cujo simbolismo está fortemente associado a dramas pessoais. Soluções que proporcionem maior qualidade de vida às pessoas que dependem de cadeiras de rodas, dando a elas mais autonomia, liberdade e capacidade para se movimentar, são fundamentais para a recuperação da autoestima e reintegração à sociedade. Empenhado em melhorar a acessibilidade de pessoas com deficiência física e de idosos com mobilidade reduzida, aumentar o grau de autonomia dessas pessoas, bem como limitar a necessidade de auxílio por parte de parentes e cuidadores, os pesquisadores Júlio Cezar Augusto da Silva, Angelina Chacur, Bruna Milan e Mauro Melo, da Divisão de Desenho Industrial, do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), desenvolveram um novo modelo de cadeira de rodas. A ‘cadeira de rodas residencial’ proposta é mais estreita do que as versões convencionais concebidas para locomoção na rua, com dimensões adequadas à passagem por portas e corredores de casas e apartamentos. A cadeira é provida de inovações que melhoram a mobilidade do cadeirante, reduzindo o trabalho mecânico e evitando dores nos ombros associadas ao esforço físico. 0308_0.jpg 0308_x1x.jpg 0308_x2x.jpg 0308_x3x.jpg O projeto de desenvolvimento da ‘cadeira de rodas residencial’ foi dividido em sete etapas. Na primeira, foram selecionados, sete cadeirantes de diferentes classes sociais e condições de moradia, para avaliação das rotinas de uso de cadeira de rodas. As tarefas realizadas pelos cadeirantes e seus auxiliares, em situações de uso no ambiente doméstico, foram acompanhadas e analisadas pela equipe de pesquisadores. Na segunda etapa, foram avaliados aspectos ergonômicos relacionados às medidas do corpo dos cadeirantes, às cadeiras de rodas utilizadas por eles, às posturas assumidas e esforços aplicados por eles e por seus auxiliares. Esta avaliação gerou parâmetros utilizados nos projetos construtivos que resultaram na ‘cadeira de rodas residencial’. A terceira etapa envolveu tanto a análise das características das cadeiras de rodas existentes nos mercados nacional e internacional quanto o levantamento de artigos científicos, teses e dissertações nas áreas de design, ergonomia, usabilidade, engenharia mecânica e sobre os problemas de locomoção enfrentados pelos cadeirantes em suas residências. Nesta etapa, também foram entrevistados especialistas e visitados fabricantes de cadeiras de rodas e feiras nacionais de equipamentos de tecnologia assistiva. Já a quarta etapa de desenvolvimento foi dedicada à geração de conceitos inovadores que resultassem em cadeiras de rodas mais eficientes. Esses conceitos englobaram design – a concepção do produto no que se refere à sua forma física, dimensões e funcionalidades – e engenharia mecânica. A quinta etapa visou a seleção conceito mais promissor na solução dos problemas identificados nas cadeiras de rodas convencionais, e a construção de um protótipo, o qual foi submetido a situações reais de uso para que imperfeições fossem identificadas e corrigidas no projeto original. Feitas as correções, o protótipo foi usado e avaliado por cadeirantes voluntários. Comprovada a eficiência e segurança do protótipo, foi juntada toda a documentação necessária para solicitação de registro de patente da ‘cadeira de rodas residencial’ e sua apresentação ao setor produtivo visando à fabricação em escala industrial. Desenvolvimento de cadeira de rodas residencial A pesquisa mostra o projeto de desenvolvimento da cadeira de rodas residencial de forma sustentável. 2016-09-15 Ciências da Saúde O projeto de desenvolvimento da ‘cadeira de rodas residencial’ foi dividido em sete etapas. Na primeira, foram selecionados, sete cadeirantes de diferentes classes sociais e condições de moradia, para avaliação das rotinas de uso de cadeira de rodas. As tarefas realizadas pelos cadeirantes e seus auxiliares, em situações de uso no ambiente doméstico, foram acompanhadas e analisadas pela equipe de pesquisadores. Na segunda etapa, foram avaliados aspectos ergonômicos relacionados às medidas do corpo dos cadeirantes, às cadeiras de rodas utilizadas por eles, às posturas assumidas e esforços aplicados por eles e por seus auxiliares. Esta avaliação gerou parâmetros utilizados nos projetos construtivos que resultaram na ‘cadeira de rodas residencial’. A terceira etapa envolveu tanto a análise das características das cadeiras de rodas existentes nos mercados nacional e internacional quanto o levantamento de artigos científicos, teses e dissertações nas áreas de design, ergonomia, usabilidade, engenharia mecânica e sobre os problemas de locomoção enfrentados pelos cadeirantes em suas residências. Nesta etapa, também foram entrevistados especialistas e visitados fabricantes de cadeiras de rodas e feiras nacionais de equipamentos de tecnologia assistiva. Já a quarta etapa de desenvolvimento foi dedicada à geração de conceitos inovadores que resultassem em cadeiras de rodas mais eficientes. Esses conceitos englobaram design – a concepção do produto no que se refere à sua forma física, dimensões e funcionalidades – e engenharia mecânica. 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