Pesquisa compara o efeito da exploração madeireira convencional com métodos de redução do impacto na regeneração de árvores

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Egile Nagusiak: Marisa Gesteira Fonseca, Flavio Antonio Maës dos Santos
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abstract Foi realizado um estudo comparativo dos efeitos da EIR e da EC (Exploração Convencional) sobre a regeneração de três espécies arbóreas comerciais (Pseudopiptadenia psilostachya, conhecida popularmente na região como Timborana; Lecythis lurida.
coverage A EIR comprovadamente reduz os danos físicos à floresta, ao ciclo hidrológico e aos solos, tendo maior potencial para manter a cobertura florestal do que outras alternativas econômicas para a região amazônica. Portanto, a avaliação da possibilidade de continuar explorando ao longo do tempo determinadas espécies na mesma área e a geração de informações que possibilitem o aprimoramento dessa atividade são extremamente importantes para a indústria madeireira na região e para a elaboração de políticas para a conservação e desenvolvimento da Amazônia. Os resultados dessa pesquisa, em conjunto com outros estudos realizados por pesquisadores do IMAZON, irão contribuir com a identificação de grupos ecológicos de espécies que possuam respostas semelhantes à exploração madeireira e, portanto, que possam ser manejadas com técnicas similares. O trabalho deverá ainda orientar tanto a industria madeireira como o poder público quanto ao ciclo de corte mais adequado para as espécies estudadas, assim como auxiliar na definição de técnicas que maximizem a regeneração das mesmas (como por exemplo, o diâmetro mínimo de corte mais adequado, o tipo de ambiente mais apropriado para plantios de enriquecimento e o estabelecimento de critérios para identificar as árvores que produzem maiores quantidades de sementes).
Diante das graves questões ambientais que afetam a Amazônia tornam-se necessários estudos que validem formas de exploração sustentável da floresta que garantam a regeneração do ambiente. Na atividade madeireira, a Exploração de Impacto Reduzido (EIR) difere da Exploração sem qualquer planejamento, convencionalmente realizada na Amazônia, por incluir um inventário prévio das árvores que serve como base para a seleção daquelas a serem exploradas e daquelas que serão mantidas para os próximos cortes e como fontes de sementes, assim como para o planejamento das estradas, trilhas de arraste, pátios de estoque de árvores e da melhor direção de queda das toras (de forma a facilitar o arraste e reduzir os danos às árvores remanescentes). Além disso, a EIR freqüentemente inclui o controle de cipós antes da exploração (o que diminui os danos às arvores cujas copas estejam conectadas à árvore explorada através dos cipós) e a restrição do movimento de tratores, entre outras medidas que visam mitigar o impacto sobre os solos, o ciclo hidrológico e a vegetação remanescente. Neste estudo, pesquisadores do Departamento de Botânica e Biologia Vegetal do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON) propõem-se a comparar os efeitos da EIR e da EC (Exploração Convencional) sobre a regeneração de três espécies arbóreas comerciais (Pseudopiptadenia psilostachya, conhecida popularmente na região como Timborana; Lecythis lurida, conhecida como jarana e Chrysophyllum lucentifollium subsp. pachycarpum, conhecida como Abiu casca grossa) no município de Paragominas, no Pará, bem como testar a hipótese de que a aplicação da EIR garante a sustentabilidade da produção em ciclos de corte de 30 anos. Pretende-se ainda contribuir para a compreensão dos requisitos ambientais necessários para a regeneração das espécies e da variação intraespecífica da produção de sementes, de forma a orientar planos de exploração sustentável das mesmas.
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A pesquisa será realizada em três áreas: em duas delas foram realizadas EIR e EC há 10 anos atrás, e a terceira será a área controle. Cada área compreende 24,5 hectares. Em 2003 e em 2005 será medido o DAP (diâmetro à altura do peito) de todos os indivíduos (árvores) nas áreas, que apresentem medidas iguais ou superiores a 10 centímetros de DAP. Nas análises serão também utilizados dados de crescimento, mortalidade e recrutamento desses indivíduos, previamente coletados durante 10 anos. Em alguns desses indivíduos (aproximadamente 80 por espécie), sorteados ao acaso, os graus de iluminação das copas e de infestação das mesmas por cipós serão estimados e a presença e quantidade de frutos serão avaliadas quinzenalmente, através de estimativa visual. Plantas juvenis (isto é, com altura superior a 30 centímetros e diâmetro inferior a 10 centímetros) serão amostradas em 2003, 2004 e 2005, em quadrados contíguos de 5 por 5 metros, situados ao longo de linhas de 700 metros de comprimento (havendo 5 linhas em cada uma das três áreas de pesquisa, totalizando 1,75 hectare por área). Estas linhas, chamadas transectos, serão regularmente espaçadas (aproximadamente 75 metros de intervalo). Fotografias hemisféricas (fotos obtidas do dossel – isto é, a copa das árvores – da floresta com uma lente de 180 graus, conhecida como “olho de peixe”) serão tiradas a cada 20 metros nas linhas, para avaliação da cobertura do dossel. A taxa de germinação de sementes produzidas em cada área será comparada através de experimentos no campo. A estabilidade das populações estudadas e a sustentabilidade da exploração madeireira serão avaliadas através de modelos matemáticos.
publishDate 2003
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Os resultados dessa pesquisa, em conjunto com outros estudos realizados por pesquisadores do IMAZON, irão contribuir com a identificação de grupos ecológicos de espécies que possuam respostas semelhantes à exploração madeireira e, portanto, que possam ser manejadas com técnicas similares. O trabalho deverá ainda orientar tanto a industria madeireira como o poder público quanto ao ciclo de corte mais adequado para as espécies estudadas, assim como auxiliar na definição de técnicas que maximizem a regeneração das mesmas (como por exemplo, o diâmetro mínimo de corte mais adequado, o tipo de ambiente mais apropriado para plantios de enriquecimento e o estabelecimento de critérios para identificar as árvores que produzem maiores quantidades de sementes). Diante das graves questões ambientais que afetam a Amazônia tornam-se necessários estudos que validem formas de exploração sustentável da floresta que garantam a regeneração do ambiente. Na atividade madeireira, a Exploração de Impacto Reduzido (EIR) difere da Exploração sem qualquer planejamento, convencionalmente realizada na Amazônia, por incluir um inventário prévio das árvores que serve como base para a seleção daquelas a serem exploradas e daquelas que serão mantidas para os próximos cortes e como fontes de sementes, assim como para o planejamento das estradas, trilhas de arraste, pátios de estoque de árvores e da melhor direção de queda das toras (de forma a facilitar o arraste e reduzir os danos às árvores remanescentes). Além disso, a EIR freqüentemente inclui o controle de cipós antes da exploração (o que diminui os danos às arvores cujas copas estejam conectadas à árvore explorada através dos cipós) e a restrição do movimento de tratores, entre outras medidas que visam mitigar o impacto sobre os solos, o ciclo hidrológico e a vegetação remanescente. Neste estudo, pesquisadores do Departamento de Botânica e Biologia Vegetal do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON) propõem-se a comparar os efeitos da EIR e da EC (Exploração Convencional) sobre a regeneração de três espécies arbóreas comerciais (Pseudopiptadenia psilostachya, conhecida popularmente na região como Timborana; Lecythis lurida, conhecida como jarana e Chrysophyllum lucentifollium subsp. pachycarpum, conhecida como Abiu casca grossa) no município de Paragominas, no Pará, bem como testar a hipótese de que a aplicação da EIR garante a sustentabilidade da produção em ciclos de corte de 30 anos. Pretende-se ainda contribuir para a compreensão dos requisitos ambientais necessários para a regeneração das espécies e da variação intraespecífica da produção de sementes, de forma a orientar planos de exploração sustentável das mesmas. 00176_1.jpg 00176_2.jpg A pesquisa será realizada em três áreas: em duas delas foram realizadas EIR e EC há 10 anos atrás, e a terceira será a área controle. Cada área compreende 24,5 hectares. Em 2003 e em 2005 será medido o DAP (diâmetro à altura do peito) de todos os indivíduos (árvores) nas áreas, que apresentem medidas iguais ou superiores a 10 centímetros de DAP. Nas análises serão também utilizados dados de crescimento, mortalidade e recrutamento desses indivíduos, previamente coletados durante 10 anos. Em alguns desses indivíduos (aproximadamente 80 por espécie), sorteados ao acaso, os graus de iluminação das copas e de infestação das mesmas por cipós serão estimados e a presença e quantidade de frutos serão avaliadas quinzenalmente, através de estimativa visual. Plantas juvenis (isto é, com altura superior a 30 centímetros e diâmetro inferior a 10 centímetros) serão amostradas em 2003, 2004 e 2005, em quadrados contíguos de 5 por 5 metros, situados ao longo de linhas de 700 metros de comprimento (havendo 5 linhas em cada uma das três áreas de pesquisa, totalizando 1,75 hectare por área). Estas linhas, chamadas transectos, serão regularmente espaçadas (aproximadamente 75 metros de intervalo). Fotografias hemisféricas (fotos obtidas do dossel – isto é, a copa das árvores – da floresta com uma lente de 180 graus, conhecida como “olho de peixe”) serão tiradas a cada 20 metros nas linhas, para avaliação da cobertura do dossel. A taxa de germinação de sementes produzidas em cada área será comparada através de experimentos no campo. A estabilidade das populações estudadas e a sustentabilidade da exploração madeireira serão avaliadas através de modelos matemáticos. Efeito da exploração madeireira convencional e de impacto reduzido sobre a regeneração de três espécies arbóreas na Amazônia brasileira Foi realizado um estudo comparativo dos efeitos da EIR e da EC (Exploração Convencional) sobre a regeneração de três espécies arbóreas comerciais (Pseudopiptadenia psilostachya, conhecida popularmente na região como Timborana; Lecythis lurida. 2003-12-03 Ciências Biológicas A pesquisa será realizada em três áreas: em duas delas foram realizadas EIR e EC há 10 anos atrás, e a terceira será a área controle. Cada área compreende 24,5 hectares. Em 2003 e em 2005 será medido o DAP (diâmetro à altura do peito) de todos os indivíduos (árvores) nas áreas, que apresentem medidas iguais ou superiores a 10 centímetros de DAP. Nas análises serão também utilizados dados de crescimento, mortalidade e recrutamento desses indivíduos, previamente coletados durante 10 anos. Em alguns desses indivíduos (aproximadamente 80 por espécie), sorteados ao acaso, os graus de iluminação das copas e de infestação das mesmas por cipós serão estimados e a presença e quantidade de frutos serão avaliadas quinzenalmente, através de estimativa visual. Plantas juvenis (isto é, com altura superior a 30 centímetros e diâmetro inferior a 10 centímetros) serão amostradas em 2003, 2004 e 2005, em quadrados contíguos de 5 por 5 metros, situados ao longo de linhas de 700 metros de comprimento (havendo 5 linhas em cada uma das três áreas de pesquisa, totalizando 1,75 hectare por área). Estas linhas, chamadas transectos, serão regularmente espaçadas (aproximadamente 75 metros de intervalo). Fotografias hemisféricas (fotos obtidas do dossel – isto é, a copa das árvores – da floresta com uma lente de 180 graus, conhecida como “olho de peixe”) serão tiradas a cada 20 metros nas linhas, para avaliação da cobertura do dossel. A taxa de germinação de sementes produzidas em cada área será comparada através de experimentos no campo. A estabilidade das populações estudadas e a sustentabilidade da exploração madeireira serão avaliadas através de modelos matemáticos. https://repositorio.canalciencia.ibict.br/api/items/26088 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/fe2cb233065b4034c1b18c0d73a949e25e2bae04.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/8930c86006f18d643057ec059b9ca7737e5aad24.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/1692767db005db87eab7da6873296e94e5e6d6ba.jpg