Manejo de peixes ornamentais e quelônios no Rio Negro
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2002
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Estudos do ecossistema aquático da bacia do médio Rio Negro para avaliar as melhores técnicas para o manejo sustentável de peixes capturados para fins ornamentais, assim como de tartarugas aquáticas cuja carne é altamente apreciada na Amazônia. |
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O Brasil exporta cerca de 20 milhões de peixes ornamentais por ano, atividade econômica que gera anualmente algo em torno de 3 milhões de dólares. Oitenta por cento destes peixes são obtidos nas planícies e florestas inundáveis da bacia do médio Rio Negro. A exploração vem ocorrendo desde a década de 60, aparentemente de forma sustentável, pois não foram registrados impactos notáveis no meio aquático. Entretanto, nas décadas de 80 e 90 foi observado que, dos cerca de 17 milhões e 300 mil peixes exportados do Amazonas, 12 milhões e 700 mil pertencem a uma única espécie. Como as perdas no transporte e exportação dos peixes chegam a 50 por cento, estima-se que a quantidade de peixes capturados no Rio Negro possa beirar os 30 e até os 40 milhões de indivíduos. Além disso, em certas regiões amazônicas, a pesca de peixes ornamentais tornou-se a principal fonte de subsistência de comunidades ribeirinhas. O crescimento do número de indivíduos que se dedicam ao comércio de peixes ornamentais foi estimulado pela queda de preços de muitos produtos extrativistas (seringa, sorva, piaçava, castanha, etc.). Mas para que a pesca seja realizada de forma sustentável, evitando o esgotamento, é necessário dominar diversos conhecimentos e técnicas científicas. Por isso o manejo é importante, já que evita a chamada extinção comercial. No caso dos quelônios aquáticos, explorados para consumo humano há aproximadamente 200 anos, o manejo também é fundamental, pois cinco espécies já estão em situação vulnerável e sob risco de extinção. Para proteger esses animais e evitar a exploração inadequada o IBAMA proibiu qualquer caça e captura de quelônios, e liberou uma lista de 180 espécies brasileiras de peixes de água doce que podem ser capturadas e comercializadas para fins de ornamentação. Hoje são mais de quatrocentas as espécies de peixes brasileiros usadas no comércio internacional. Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) estão estudando o ecossistema aquático da bacia do médio Rio Negro para fazer um diagnóstico da biodiversidade local e avaliar e avalizar as melhores técnicas para o manejo sustentável (isto é, a exploração dentro de limites que permitam a renovação e sobrevivência das espécies) dos peixes capturados para fins ornamentais, assim como dos quelônios, que são as tartarugas aquáticas cuja carne é altamente apreciada na Amazônia. A pesquisa estuda as características do ecossistema aquático da bacia do médio Rio Negro, identificando suas variações espaciais e temporais, ou seja, a morfologia do canal do rio e a características do pulso de inundação das planícies aluviais, que são habitat das espécies ornamentais e dos quelônios. Busca-se determinar também as barreiras físicas e químicas que impedem a dispersão da fauna aquática, visando identificar os fatores de manutenção da biodiversidade do sistema fluvial. Também são estudados os itens alimentares na bacia do Rio Negro (a chamada cadeia trófica, ou alimentar), que sustentam as populações de peixes ornamentais e quelônios. A identificação e conservação desses itens é essencial para o manejo e conservação das espécies. A diversidade e distribuição das espécies, em função destes fatores, será diagnosticada visando um uso controlado dos recursos do meio ambiente. Nesse estudo também são consideradas as estratégias de uso desses recursos renováveis adotadas pelas sociedades indígenas e tradicionais da Amazônia, e que tem se demonstrado eficazes e não-predatórias. |
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255702024-10-01T19:00:45Z1[CeS] Textos de divulgação Manejo de peixes ornamentais e quelônios no Rio Negro Eliana Feldberg Amazonas Peixes Rios Tartarugas Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia 2002-12-10 183.jpg vignette : https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/large/08a22ad84ceff30da9bf0f74f7d35ddbd6e74e92.jpg O Brasil exporta cerca de 20 milhões de peixes ornamentais por ano, atividade econômica que gera anualmente algo em torno de 3 milhões de dólares. Oitenta por cento destes peixes são obtidos nas planícies e florestas inundáveis da bacia do médio Rio Negro. A exploração vem ocorrendo desde a década de 60, aparentemente de forma sustentável, pois não foram registrados impactos notáveis no meio aquático. Entretanto, nas décadas de 80 e 90 foi observado que, dos cerca de 17 milhões e 300 mil peixes exportados do Amazonas, 12 milhões e 700 mil pertencem a uma única espécie. Como as perdas no transporte e exportação dos peixes chegam a 50 por cento, estima-se que a quantidade de peixes capturados no Rio Negro possa beirar os 30 e até os 40 milhões de indivíduos. Além disso, em certas regiões amazônicas, a pesca de peixes ornamentais tornou-se a principal fonte de subsistência de comunidades ribeirinhas. O crescimento do número de indivíduos que se dedicam ao comércio de peixes ornamentais foi estimulado pela queda de preços de muitos produtos extrativistas (seringa, sorva, piaçava, castanha, etc.). Mas para que a pesca seja realizada de forma sustentável, evitando o esgotamento, é necessário dominar diversos conhecimentos e técnicas científicas. Por isso o manejo é importante, já que evita a chamada extinção comercial. No caso dos quelônios aquáticos, explorados para consumo humano há aproximadamente 200 anos, o manejo também é fundamental, pois cinco espécies já estão em situação vulnerável e sob risco de extinção. Para proteger esses animais e evitar a exploração inadequada o IBAMA proibiu qualquer caça e captura de quelônios, e liberou uma lista de 180 espécies brasileiras de peixes de água doce que podem ser capturadas e comercializadas para fins de ornamentação. Hoje são mais de quatrocentas as espécies de peixes brasileiros usadas no comércio internacional. Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) estão estudando o ecossistema aquático da bacia do médio Rio Negro para fazer um diagnóstico da biodiversidade local e avaliar e avalizar as melhores técnicas para o manejo sustentável (isto é, a exploração dentro de limites que permitam a renovação e sobrevivência das espécies) dos peixes capturados para fins ornamentais, assim como dos quelônios, que são as tartarugas aquáticas cuja carne é altamente apreciada na Amazônia. A pesquisa estuda as características do ecossistema aquático da bacia do médio Rio Negro, identificando suas variações espaciais e temporais, ou seja, a morfologia do canal do rio e a características do pulso de inundação das planícies aluviais, que são habitat das espécies ornamentais e dos quelônios. Busca-se determinar também as barreiras físicas e químicas que impedem a dispersão da fauna aquática, visando identificar os fatores de manutenção da biodiversidade do sistema fluvial. Também são estudados os itens alimentares na bacia do Rio Negro (a chamada cadeia trófica, ou alimentar), que sustentam as populações de peixes ornamentais e quelônios. A identificação e conservação desses itens é essencial para o manejo e conservação das espécies. A diversidade e distribuição das espécies, em função destes fatores, será diagnosticada visando um uso controlado dos recursos do meio ambiente. Nesse estudo também são consideradas as estratégias de uso desses recursos renováveis adotadas pelas sociedades indígenas e tradicionais da Amazônia, e que tem se demonstrado eficazes e não-predatórias. Projeto Mariuá – bases ecológicas, tecnológicas e sócio-econômicas para o manejo sustentável de peixes ornamentais e quelônios na bacia do Rio Negro(AM) Estudos do ecossistema aquático da bacia do médio Rio Negro para avaliar as melhores técnicas para o manejo sustentável de peixes capturados para fins ornamentais, assim como de tartarugas aquáticas cuja carne é altamente apreciada na Amazônia. 2002-12-10 Ciências Biológicas A pesquisa estuda as características do ecossistema aquático da bacia do médio Rio Negro, identificando suas variações espaciais e temporais, ou seja, a morfologia do canal do rio e a características do pulso de inundação das planícies aluviais, que são habitat das espécies ornamentais e dos quelônios. Busca-se determinar também as barreiras físicas e químicas que impedem a dispersão da fauna aquática, visando identificar os fatores de manutenção da biodiversidade do sistema fluvial. Também são estudados os itens alimentares na bacia do Rio Negro (a chamada cadeia trófica, ou alimentar), que sustentam as populações de peixes ornamentais e quelônios. A identificação e conservação desses itens é essencial para o manejo e conservação das espécies. A diversidade e distribuição das espécies, em função destes fatores, será diagnosticada visando um uso controlado dos recursos do meio ambiente. Nesse estudo também são consideradas as estratégias de uso desses recursos renováveis adotadas pelas sociedades indígenas e tradicionais da Amazônia, e que tem se demonstrado eficazes e não-predatórias. https://repositorio.canalciencia.ibict.br/api/items/25570 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/08a22ad84ceff30da9bf0f74f7d35ddbd6e74e92.jpg |