Bioacústica estuda peixes-boi, botos e tucuxis através do som

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Renata Santoro de Sousa-Lima
Formato: Online
Publicado em: 2002
Assuntos:
Acesso em linha:https://canalciencia.ibict.br/ciencia-em-sintese/artigo?item_id=25399
id 25399
omeka_modified 2023-09-22T18:34:25Z
record_format oai
collection [CeS] Textos de divulgação
collection_id 1
topic Peixes-boi, Mamíferos aquáticos, Bioacústica, Espécies
Bioacústica
Espécie
Mamíferos aquáticos
Peixe-boi
spellingShingle Peixes-boi, Mamíferos aquáticos, Bioacústica, Espécies
Bioacústica
Espécie
Mamíferos aquáticos
Peixe-boi
Renata Santoro de Sousa-Lima
Bioacústica estuda peixes-boi, botos e tucuxis através do som
topic_facet Peixes-boi, Mamíferos aquáticos, Bioacústica, Espécies
Bioacústica
Espécie
Mamíferos aquáticos
Peixe-boi
format Online
author Renata Santoro de Sousa-Lima
author_facet Renata Santoro de Sousa-Lima
author_sort Renata Santoro de Sousa-Lima
title Bioacústica estuda peixes-boi, botos e tucuxis através do som
title_short Bioacústica estuda peixes-boi, botos e tucuxis através do som
title_full Bioacústica estuda peixes-boi, botos e tucuxis através do som
title_fullStr Bioacústica estuda peixes-boi, botos e tucuxis através do som
title_full_unstemmed Bioacústica estuda peixes-boi, botos e tucuxis através do som
title_sort bioacústica estuda peixes-boi, botos e tucuxis através do som
abstract O uso de hidrofones que permitem localização de indivíduos das três espécies, possibilitando monitorar seu comportamento.
coverage A pesquisa visa gravar os sons (formando assim um inventário bioacústico) e identificar o repertório sonoro dos peixes-boi da Reserva, para estudar seu comportamento e sua área de ocorrência. Da identificação acústica individual, portanto, chega-se a estimativas de densidade da espécie (censo), a caracterizar hábitos coletivos de migração e a relacionar esses comportamentos com as ofertas de alimentos. Além do foco no peixe-boi, o comportamento dos botos e tucuxis também está sendo estudado acusticamente, particularmente através de seus hábitos de vocalização e clicks (ecolocações), já que as funções dessas emissões sonoras ainda não são claras para a Ciência, podendo estar associadas à caça, a funções sociais no grupo ou a outras finalidades ainda desconhecidas. A pesquisadora do INPA, Dra. Vera da Silva, e seus colaboradores Dr. Anthony Martin e Dr. Jeff Podos acreditam que os botos emitem sons principalmente durante a alimentação, sugerindo uma função relacionada à captura de presas.
Estudo preliminar da ocorrência de peixes-bois (Trichechus inunguis, Ordem Sirenia) e de outros mamíferos aquáticos da Ordem Cetacea, o boto (Inia geoffrensis) e o tucuxi (Sotalia fluviatilis) entre as áreas das Reservas de Desenvolvimento Sustentável Amanã e Mamirauá. A ferramenta de pesquisa é a Bioacústica, através do uso de hidrofones que permitem localização de indivíduos das três espécies, possibilitando monitorar seu comportamento.
00081_1.jpg
As estimativas iniciais realizadas na RDS Amanã indicam que a população de peixes-boi local pode ser a maior da Amazônia. Essa população, porém, não seria residente da reserva. Acredita-se que exista um deslocamento sazonal entre as RDSs Amanã e Mamirauá na época da cheia, e que na seca os peixes-boi se concentrem no lago Amanã. Estes deslocamentos teriam como razão variações na oferta de alimentos (plantas aquáticas, gramíneas). A passagem de uma reserva para outra ocorre, segundo as informações disponíveis, numa área relativamente estreita denominada “Cano”. Teoricamente seria possível gravar os sons dos animais em trânsito e identificar acusticamente indivíduos isolados através de “assinaturas vocais” que caracterizam individualmente cada animal registrado. A pesquisa funda-se, pois, na obtenção do maior número possível de gravações, isto é, de animais acusticamente identificados. Para tal, sons gravados em cativeiro no INPA (Manaus), são emitidos, através de um alto-falante à prova d’água, para que os peixes-boi presentes na área respondam vocalmente ao estímulo e possam ser, por sua vez, gravados.
institution Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Financiadora de Estudos e Projetos
Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Fundação O Boticário de Proteção à Natureza
Fundação MacArthur
publishDate 2002
publishDateFull 2002-12-11
url https://canalciencia.ibict.br/ciencia-em-sintese/artigo?item_id=25399
identifier https://repositorio.canalciencia.ibict.br/api/items/25399
https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/2957604fa57e75c1fcca3f2231a22333a2904347.jpg
https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/5b3f0ba7df769c259c983447f425b8cf0bb414cb.png
thumbnail https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/large/2957604fa57e75c1fcca3f2231a22333a2904347.jpg
area Ciências Biológicas
work_keys_str_mv AT renatasantorodesousalima bioacusticaestudapeixesboibotosetucuxisatravesdosom
first_indexed 2023-09-19T12:17:56Z
last_indexed 2023-09-22T20:00:49Z
_version_ 1802117133286506496
spelling 253992023-09-22T18:34:25Z1[CeS] Textos de divulgação Bioacústica estuda peixes-boi, botos e tucuxis através do som Renata Santoro de Sousa-Lima Peixes-boi, Mamíferos aquáticos, Bioacústica, Espécies Bioacústica Espécie Mamíferos aquáticos Peixe-boi Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia Financiadora de Estudos e Projetos Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Fundação O Boticário de Proteção à Natureza Fundação MacArthur 2002-12-11 CAPA .png vignette : https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/large/2957604fa57e75c1fcca3f2231a22333a2904347.jpg A pesquisa visa gravar os sons (formando assim um inventário bioacústico) e identificar o repertório sonoro dos peixes-boi da Reserva, para estudar seu comportamento e sua área de ocorrência. Da identificação acústica individual, portanto, chega-se a estimativas de densidade da espécie (censo), a caracterizar hábitos coletivos de migração e a relacionar esses comportamentos com as ofertas de alimentos. Além do foco no peixe-boi, o comportamento dos botos e tucuxis também está sendo estudado acusticamente, particularmente através de seus hábitos de vocalização e clicks (ecolocações), já que as funções dessas emissões sonoras ainda não são claras para a Ciência, podendo estar associadas à caça, a funções sociais no grupo ou a outras finalidades ainda desconhecidas. A pesquisadora do INPA, Dra. Vera da Silva, e seus colaboradores Dr. Anthony Martin e Dr. Jeff Podos acreditam que os botos emitem sons principalmente durante a alimentação, sugerindo uma função relacionada à captura de presas. Estudo preliminar da ocorrência de peixes-bois (Trichechus inunguis, Ordem Sirenia) e de outros mamíferos aquáticos da Ordem Cetacea, o boto (Inia geoffrensis) e o tucuxi (Sotalia fluviatilis) entre as áreas das Reservas de Desenvolvimento Sustentável Amanã e Mamirauá. A ferramenta de pesquisa é a Bioacústica, através do uso de hidrofones que permitem localização de indivíduos das três espécies, possibilitando monitorar seu comportamento. 00081_1.jpg As estimativas iniciais realizadas na RDS Amanã indicam que a população de peixes-boi local pode ser a maior da Amazônia. Essa população, porém, não seria residente da reserva. Acredita-se que exista um deslocamento sazonal entre as RDSs Amanã e Mamirauá na época da cheia, e que na seca os peixes-boi se concentrem no lago Amanã. Estes deslocamentos teriam como razão variações na oferta de alimentos (plantas aquáticas, gramíneas). A passagem de uma reserva para outra ocorre, segundo as informações disponíveis, numa área relativamente estreita denominada “Cano”. Teoricamente seria possível gravar os sons dos animais em trânsito e identificar acusticamente indivíduos isolados através de “assinaturas vocais” que caracterizam individualmente cada animal registrado. A pesquisa funda-se, pois, na obtenção do maior número possível de gravações, isto é, de animais acusticamente identificados. Para tal, sons gravados em cativeiro no INPA (Manaus), são emitidos, através de um alto-falante à prova d’água, para que os peixes-boi presentes na área respondam vocalmente ao estímulo e possam ser, por sua vez, gravados. Estudos Preliminares de Bioacústica na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Lago Amanã O uso de hidrofones que permitem localização de indivíduos das três espécies, possibilitando monitorar seu comportamento. 2002-12-11 Ciências Biológicas As estimativas iniciais realizadas na RDS Amanã indicam que a população de peixes-boi local pode ser a maior da Amazônia. Essa população, porém, não seria residente da reserva. Acredita-se que exista um deslocamento sazonal entre as RDSs Amanã e Mamirauá na época da cheia, e que na seca os peixes-boi se concentrem no lago Amanã. Estes deslocamentos teriam como razão variações na oferta de alimentos (plantas aquáticas, gramíneas). A passagem de uma reserva para outra ocorre, segundo as informações disponíveis, numa área relativamente estreita denominada “Cano”. Teoricamente seria possível gravar os sons dos animais em trânsito e identificar acusticamente indivíduos isolados através de “assinaturas vocais” que caracterizam individualmente cada animal registrado. A pesquisa funda-se, pois, na obtenção do maior número possível de gravações, isto é, de animais acusticamente identificados. Para tal, sons gravados em cativeiro no INPA (Manaus), são emitidos, através de um alto-falante à prova d’água, para que os peixes-boi presentes na área respondam vocalmente ao estímulo e possam ser, por sua vez, gravados. https://repositorio.canalciencia.ibict.br/api/items/25399 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/2957604fa57e75c1fcca3f2231a22333a2904347.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/5b3f0ba7df769c259c983447f425b8cf0bb414cb.png