Redescobrindo o tatu-canastra no Pantanal
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2013
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Tatu Priodontes maximus Tocas Radiotransmissor Tatu Priodontes maximus Tocas Radiotransmissor |
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Tatu Priodontes maximus Tocas Radiotransmissor Tatu Priodontes maximus Tocas Radiotransmissor Arnaud Léonard Jean Desbiez Redescobrindo o tatu-canastra no Pantanal |
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Os pesquisadores buscam, com este estudo, entender como vive essa espécie e como ela se relaciona e interage com o ambiente, com outras espécies e com as atividades humanas na região. |
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A maior contribuição do Projeto Tatu-canastra será a formação da primeira base de dados e informações científicas, rigorosas, sobre a ecologia e a biologia da espécie. A informação gerada pela pesquisa será usada para promover a conservação do tatu-canastra por meio da divulgação constante dos resultados em eventos científicos, conferências, publicações e nas diferentes mídias. Essas informações poderão: a) explicar por que o tatu-canastra é tão raro; b) justificar por que a conservação do seu habitat é necessária para garantir a sobrevivência da espécie a longo prazo; c) comprovar a função do tatu-canastra como engenheiro do ecossistema, já que os resultados da pesquisa já demontram que as suas tocas são usadas por pelo menos 25 outras espécies; d) aperfeiçoar futuras avaliações do risco de extinção da espécie utilizando os critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN/SSC Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas); e) subsidiar a realização de novas pesquisas, com a aplicação da mesma metodologia em outras regiões do Brasil de ocorrência do tatu-canastra; f) promover atividades de educação ambiental, sensibilização, divulgação científica e iniciativas de conservação do habitat do tatu-canastra, bem como a adoção de políticas mais adequadas para o Pantanal e áreas de ocorrência da espécie; g) fazer do tatu-canastra, espécie ainda desconhecida por muita gente, um embaixador da conservação da biodiversidade, pelo seu potencial extraordinário de cativar o público e transmitir uma mensagem positiva e convincente. Figura 21 Figura 22 Figura 23 Figura 24 Figura 25 Figura 26 Figura 27 Figura 28 Figura 29 Figura 30 Figura 31 Figura 32 O tatu-canastra, chamado pelos índios de tatuaçu e pelos zoólogos de Priodontes maximus, é a maior das espécies de tatu. Pode medir até 150 cm de comprimento (da ponta do focinho à ponta do rabo) e pesar até 50 quilos. Embora o tatu-canastra possa ser encontrado em grande parte da América do Sul, muito pouco foi estudado sobre ele. Devido ao seu comportamento críptico e à baixa densidade populacional, esse mamífero é raramente visto ou encontrado. O tatu-canastra consta da Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção e é classificado na categoria Vulnerável pelaLista Vermelha das Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). O tatu-canastra tem uma história de evolução fascinante e longa, que deu a ele adaptações distintas para cavar buracos, com unhas nos membros anteriores de até 15 cm de comprimento e uma carapaça que envolve e protege o seu corpo. Ele tem um papel importante na natureza porque controla as populações de cupins e provoca modificações no ambiente, as quais favorecem outras espécies, apelidado, por isso, de engenheiro de ecossistema. Os buracos cavados pelo tatu-canastra e os montes de areia acumulados ao lado desses buracos são usados por mais de 25 animais diferentes. Para alguns – como tamanduá-mirim, cotia, irara, jaguatirica, raposinha e tatus menores –, as tocas servem como abrigo para descansar e escapar do calor. Os buracos são dos mais diferentes formatos e todos têm uma entrada grande, com aproximadamente 35 cm de diâmetro, e podem chegar a mais de 5 m de comprimento. No Pantanal, os buracos se encontram geralmente em murundus ou em áreas de cerradão. Apesar de robusto, o tatu-canastra é muito sensível às ações antrópicas , podendo facilmente ser extinto. Como é raro, pode desaparecer mesmo antes de ser notado ou conhecido pelas pessoas que habitam a região na qual ele vive. Essa vulnerabilidade, associada a sua aparência intrigante, faz dessa espécie um embaixador da importância e fragilidade da biodiversidade no Brasil. Também é candidato a mascote de atividades de educação ambiental e de divulgação da importância da conservação do cerrado e dos outros biomas onde ocorre. O Projeto Tatu-canastra, uma parceria entre o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE), e a Sociedade Zoológica Real da Escócia, esta desenvolvendo um estudo de longo prazo sobre o tatu-canastra no Pantanal. O objetivo da pesquisa é investigar como vive essa espécie e como ela se relaciona e interage com o ambiente, com outras espécies e com as atividades humanas na região. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figura 8 Figura 9 Figura 10 Para desvendar a biologia e a ecologia do tatu-canastra e compreender a sua função no ecossistema, a equipe, formada por pesquisadores e auxiliares de campo do projeto, faz entrevistas, levantamento das tocas — cavadas para descansar, criar os filhotes e se protegerem dos predadores (por exemplo, da onça) —, usa radiotransmissores e armadilhas fotográficas, coleta fezes, mapeia os recursos naturais necessários à sobrevivência do tatu e observa o seu comportamento em uma área de estudo no Pantanal. As entrevistas são feitas por meio de questionários aplicados aos moradores da área de estudo e têm por finalidade identificar a presença de tatus-canastras nas propriedades rurais, selecionando, assim, os locais de ocorrência da espécie. Às vezes, fotografias do tatu-canastra são apresentadas durante as entrevistas para ajudar na identificação. As armadilhas fotográficas são câmeras fotográficas e filmadoras estrategicamente posicionadas em trilhas, estradas ou próximas às tocas dos tatus com o objetivo de registrar imagens. Esses equipamentos possuem um sensor de movimento que capta o momento em que um animal atravessa o campo de visão da lente e a câmera dispara sozinha, sem a necessidade de um fotógrafo presente. As fotografias, geralmente, revelam uma incrível variedade de animais na área de estudo. Com as armadilhas fotográficas, os pesquisadores conseguiram fotografar um filhote de tatu-canastra. As câmeras flagraram o macho e a fêmea juntos, dividindo a mesma toca, e cinco meses depois registraram os primeiros passos do filhote fora do buraco. Antes dessa observação, nunca ninguém havia registrado imagens de um bebê de tatu-canastra na natureza, e nem documentado a gestação e outros detalhes da reprodução. Já o radiotransmissor, instalado na carapaça do tatu-canastra, gera ondas de rádio que permitem localizar e seguir o animal à distância, por meio de um receptor, e obter informações sobre o seu comportamento. Os resultados da pesquisa já demonstram que cada tatu-canastra vive relativamente distante de outro da mesma espécie. Uma das fêmeas monitoradas pelo projeto, por exemplo, parece ocupar um território de mais de 1.500 hectares (área equivalente a 1.500 campos de futebol). Outras fêmeas não entram no território dela. Só os machos fazem uma visita de vez em quando. As investigações sobre a biologia e ecologia fornecerão informações sobre onde vive o tatu-canastra, como ele usa e seleciona o seu habitat , qual o tamanho do seu território, como faz a escavação das tocas, demografia, densidade populacional, do que se alimenta, quanto tempo gasta procurando alimento e descansando, em quais horários é mais ativo, como reage às variações de temperatura ambiente, como se comunica com outros da sua espécie, como se reproduz e cuida dos filhotes e como se relaciona com outras espécies. Serão obtidas, também, informações genéticas — que explicarão as relações de parentesco entre os tatus de uma população — e sobre a saúde dos animais (parasitas e doenças, inclusive aquelas de interesse para a saúde humana). Uma vez verificada a eficiência da metodologia da pesquisa, novas áreas de estudo serão definidas para que mais e mais informações possam ser obtidas, e os resultados, de cada área, comparados entre si. Figura 11 Figura 12 Figura 13 Figura 14 Figura 15 Figura 16 Figura 17 Figura 18 Figura 19 Figura 20 |
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Instituto de Conservação de Animais Silvestres |
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2013 |
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Essas informações poderão: a) explicar por que o tatu-canastra é tão raro; b) justificar por que a conservação do seu habitat é necessária para garantir a sobrevivência da espécie a longo prazo; c) comprovar a função do tatu-canastra como engenheiro do ecossistema, já que os resultados da pesquisa já demontram que as suas tocas são usadas por pelo menos 25 outras espécies; d) aperfeiçoar futuras avaliações do risco de extinção da espécie utilizando os critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN/SSC Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas); e) subsidiar a realização de novas pesquisas, com a aplicação da mesma metodologia em outras regiões do Brasil de ocorrência do tatu-canastra; f) promover atividades de educação ambiental, sensibilização, divulgação científica e iniciativas de conservação do habitat do tatu-canastra, bem como a adoção de políticas mais adequadas para o Pantanal e áreas de ocorrência da espécie; g) fazer do tatu-canastra, espécie ainda desconhecida por muita gente, um embaixador da conservação da biodiversidade, pelo seu potencial extraordinário de cativar o público e transmitir uma mensagem positiva e convincente. Figura 21 Figura 22 Figura 23 Figura 24 Figura 25 Figura 26 Figura 27 Figura 28 Figura 29 Figura 30 Figura 31 Figura 32 O tatu-canastra, chamado pelos índios de tatuaçu e pelos zoólogos de Priodontes maximus, é a maior das espécies de tatu. Pode medir até 150 cm de comprimento (da ponta do focinho à ponta do rabo) e pesar até 50 quilos. Embora o tatu-canastra possa ser encontrado em grande parte da América do Sul, muito pouco foi estudado sobre ele. Devido ao seu comportamento críptico e à baixa densidade populacional, esse mamífero é raramente visto ou encontrado. O tatu-canastra consta da Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção e é classificado na categoria Vulnerável pelaLista Vermelha das Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). O tatu-canastra tem uma história de evolução fascinante e longa, que deu a ele adaptações distintas para cavar buracos, com unhas nos membros anteriores de até 15 cm de comprimento e uma carapaça que envolve e protege o seu corpo. Ele tem um papel importante na natureza porque controla as populações de cupins e provoca modificações no ambiente, as quais favorecem outras espécies, apelidado, por isso, de engenheiro de ecossistema. Os buracos cavados pelo tatu-canastra e os montes de areia acumulados ao lado desses buracos são usados por mais de 25 animais diferentes. Para alguns – como tamanduá-mirim, cotia, irara, jaguatirica, raposinha e tatus menores –, as tocas servem como abrigo para descansar e escapar do calor. Os buracos são dos mais diferentes formatos e todos têm uma entrada grande, com aproximadamente 35 cm de diâmetro, e podem chegar a mais de 5 m de comprimento. No Pantanal, os buracos se encontram geralmente em murundus ou em áreas de cerradão. Apesar de robusto, o tatu-canastra é muito sensível às ações antrópicas , podendo facilmente ser extinto. Como é raro, pode desaparecer mesmo antes de ser notado ou conhecido pelas pessoas que habitam a região na qual ele vive. Essa vulnerabilidade, associada a sua aparência intrigante, faz dessa espécie um embaixador da importância e fragilidade da biodiversidade no Brasil. Também é candidato a mascote de atividades de educação ambiental e de divulgação da importância da conservação do cerrado e dos outros biomas onde ocorre. O Projeto Tatu-canastra, uma parceria entre o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE), e a Sociedade Zoológica Real da Escócia, esta desenvolvendo um estudo de longo prazo sobre o tatu-canastra no Pantanal. O objetivo da pesquisa é investigar como vive essa espécie e como ela se relaciona e interage com o ambiente, com outras espécies e com as atividades humanas na região. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figura 8 Figura 9 Figura 10 Para desvendar a biologia e a ecologia do tatu-canastra e compreender a sua função no ecossistema, a equipe, formada por pesquisadores e auxiliares de campo do projeto, faz entrevistas, levantamento das tocas — cavadas para descansar, criar os filhotes e se protegerem dos predadores (por exemplo, da onça) —, usa radiotransmissores e armadilhas fotográficas, coleta fezes, mapeia os recursos naturais necessários à sobrevivência do tatu e observa o seu comportamento em uma área de estudo no Pantanal. As entrevistas são feitas por meio de questionários aplicados aos moradores da área de estudo e têm por finalidade identificar a presença de tatus-canastras nas propriedades rurais, selecionando, assim, os locais de ocorrência da espécie. Às vezes, fotografias do tatu-canastra são apresentadas durante as entrevistas para ajudar na identificação. As armadilhas fotográficas são câmeras fotográficas e filmadoras estrategicamente posicionadas em trilhas, estradas ou próximas às tocas dos tatus com o objetivo de registrar imagens. Esses equipamentos possuem um sensor de movimento que capta o momento em que um animal atravessa o campo de visão da lente e a câmera dispara sozinha, sem a necessidade de um fotógrafo presente. As fotografias, geralmente, revelam uma incrível variedade de animais na área de estudo. Com as armadilhas fotográficas, os pesquisadores conseguiram fotografar um filhote de tatu-canastra. As câmeras flagraram o macho e a fêmea juntos, dividindo a mesma toca, e cinco meses depois registraram os primeiros passos do filhote fora do buraco. Antes dessa observação, nunca ninguém havia registrado imagens de um bebê de tatu-canastra na natureza, e nem documentado a gestação e outros detalhes da reprodução. Já o radiotransmissor, instalado na carapaça do tatu-canastra, gera ondas de rádio que permitem localizar e seguir o animal à distância, por meio de um receptor, e obter informações sobre o seu comportamento. Os resultados da pesquisa já demonstram que cada tatu-canastra vive relativamente distante de outro da mesma espécie. Uma das fêmeas monitoradas pelo projeto, por exemplo, parece ocupar um território de mais de 1.500 hectares (área equivalente a 1.500 campos de futebol). Outras fêmeas não entram no território dela. Só os machos fazem uma visita de vez em quando. As investigações sobre a biologia e ecologia fornecerão informações sobre onde vive o tatu-canastra, como ele usa e seleciona o seu habitat , qual o tamanho do seu território, como faz a escavação das tocas, demografia, densidade populacional, do que se alimenta, quanto tempo gasta procurando alimento e descansando, em quais horários é mais ativo, como reage às variações de temperatura ambiente, como se comunica com outros da sua espécie, como se reproduz e cuida dos filhotes e como se relaciona com outras espécies. Serão obtidas, também, informações genéticas — que explicarão as relações de parentesco entre os tatus de uma população — e sobre a saúde dos animais (parasitas e doenças, inclusive aquelas de interesse para a saúde humana). Uma vez verificada a eficiência da metodologia da pesquisa, novas áreas de estudo serão definidas para que mais e mais informações possam ser obtidas, e os resultados, de cada área, comparados entre si. Figura 11 Figura 12 Figura 13 Figura 14 Figura 15 Figura 16 Figura 17 Figura 18 Figura 19 Figura 20 Projeto Tatu-canastra Os pesquisadores buscam, com este estudo, entender como vive essa espécie e como ela se relaciona e interage com o ambiente, com outras espécies e com as atividades humanas na região. 2013-10-12 https://www.icasconservation.org.br/projetos/tatucanastra/ Ciências Exatas e da Terra Para desvendar a biologia e a ecologia do tatu-canastra e compreender a sua função no ecossistema, a equipe, formada por pesquisadores e auxiliares de campo do projeto, faz entrevistas, levantamento das tocas — cavadas para descansar, criar os filhotes e se protegerem dos predadores (por exemplo, da onça) —, usa radiotransmissores e armadilhas fotográficas, coleta fezes, mapeia os recursos naturais necessários à sobrevivência do tatu e observa o seu comportamento em uma área de estudo no Pantanal. As entrevistas são feitas por meio de questionários aplicados aos moradores da área de estudo e têm por finalidade identificar a presença de tatus-canastras nas propriedades rurais, selecionando, assim, os locais de ocorrência da espécie. Às vezes, fotografias do tatu-canastra são apresentadas durante as entrevistas para ajudar na identificação. As armadilhas fotográficas são câmeras fotográficas e filmadoras estrategicamente posicionadas em trilhas, estradas ou próximas às tocas dos tatus com o objetivo de registrar imagens. Esses equipamentos possuem um sensor de movimento que capta o momento em que um animal atravessa o campo de visão da lente e a câmera dispara sozinha, sem a necessidade de um fotógrafo presente. As fotografias, geralmente, revelam uma incrível variedade de animais na área de estudo. Com as armadilhas fotográficas, os pesquisadores conseguiram fotografar um filhote de tatu-canastra. As câmeras flagraram o macho e a fêmea juntos, dividindo a mesma toca, e cinco meses depois registraram os primeiros passos do filhote fora do buraco. Antes dessa observação, nunca ninguém havia registrado imagens de um bebê de tatu-canastra na natureza, e nem documentado a gestação e outros detalhes da reprodução. Já o radiotransmissor, instalado na carapaça do tatu-canastra, gera ondas de rádio que permitem localizar e seguir o animal à distância, por meio de um receptor, e obter informações sobre o seu comportamento. Os resultados da pesquisa já demonstram que cada tatu-canastra vive relativamente distante de outro da mesma espécie. Uma das fêmeas monitoradas pelo projeto, por exemplo, parece ocupar um território de mais de 1.500 hectares (área equivalente a 1.500 campos de futebol). Outras fêmeas não entram no território dela. Só os machos fazem uma visita de vez em quando. As investigações sobre a biologia e ecologia fornecerão informações sobre onde vive o tatu-canastra, como ele usa e seleciona o seu habitat , qual o tamanho do seu território, como faz a escavação das tocas, demografia, densidade populacional, do que se alimenta, quanto tempo gasta procurando alimento e descansando, em quais horários é mais ativo, como reage às variações de temperatura ambiente, como se comunica com outros da sua espécie, como se reproduz e cuida dos filhotes e como se relaciona com outras espécies. Serão obtidas, também, informações genéticas — que explicarão as relações de parentesco entre os tatus de uma população — e sobre a saúde dos animais (parasitas e doenças, inclusive aquelas de interesse para a saúde humana). Uma vez verificada a eficiência da metodologia da pesquisa, novas áreas de estudo serão definidas para que mais e mais informações possam ser obtidas, e os resultados, de cada área, comparados entre si. Figura 11 Figura 12 Figura 13 Figura 14 Figura 15 Figura 16 Figura 17 Figura 18 Figura 19 Figura 20 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/api/items/25315 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/35e76922f8cbf0ca8c9563c049010dd79e011f17.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/7f1a0f31b992b201c039ffde6db451fe647a2871.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/831db9891836309e99f4637e3dbd71ac2095ea8c.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/44dae49a4254c76891161c23d256bb2ca91162ef.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/2a8fc3924a3d7358bd8de97b75b2200a7d6a0b30.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/830488ee2bb5c0c518cee707721998d43df05b78.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/380bc580ff30d289348847e6d0fce1edfa67c1eb.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/3089d8d8bea7a2173a519ddfe6e690d30c8f9bfc.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/46ec35e3917bd51dd8999675e8bb7b39023302ee.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/d0e13c00e1fc748e06e997122e83fb5399f7c6d8.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/b410903212184471ddf0c6eb37a740ddafe64a53.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/1bb27dd1868f33ca7a7f31c8c9827014e758e283.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/1da2769dd09edc5b83d8d22f0b3d3890b1448982.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/48e2418a0482349aec042f33f5163e13573d169f.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/fbd4a4d9eebfb9ddbded0d01e6939879485076e8.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/efb3abed4fb84a9535cccec510f89b1f9f0d0c99.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/a3b79ad52286b46923006b8eb0be99a5aabd0e46.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/2f95a50c5720f010aee9b6a4b711610417548b2f.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/16d2d189cc82d6a2e1e747add9aec6a3f18ddf88.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/9c9844450705a5ebca3ef4585403969b1079ea68.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/1e634e1bda9702224b16065fbde5eb6a8e01d628.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/d0ed5e52b8c611a754c6232d87e66cdd714bfd72.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/8aec599cbb59ddd41d8da3d701af1691a29dda93.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/10de10b2e82edc3b6a3d917ee02e19d135799a92.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/1b72cd617f4c7dec9e481b50b4d492c8ce1a5570.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/1538d550709db75ac1a614d6c7a78bd23dd631bc.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/10d8f213a2005f7564c23311f5acdbf9e7b76a8b.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/6b8fce7a2665db8e019753130b6ab3ec5b463c5b.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/a947236047f03e5bfbeb256da603ab5d548a1be3.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/83a25f7f7899541e210f798a53d93789298372d5.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/5a02df2a360c5dab2bae882002f82b21a06a51b8.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/8ed6aad69e70bedb86c9cc31a88dacd36c64f825.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/6a09b19be0f1b46cc0167526f63ff6683635421e.jpg |