Aquecedores solares de baixo custo alternativas tecnológicas e sociais eficientes
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2002
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Pesquisadores brasileiros filiados à Sociedade do Sol (SoSol) - uma ONG de caráter socioambiental, desenvolvem projetos de modelos de aquecedores solares para populações de baixa renda. |
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Os cientistas desenvolvem desde sua entrada no Cietec, em janeiro de 1999, dois modelos de aquecedores de baixo custo. Os conceitos já tinham sido idealizados para a Conferência Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO 92) no Rio de Janeiro, com o incentivo do Sebrae (Serviço Brasileiro Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que apresentou o primeiro protótipo do aquecedor na feira industrial que ocorreu paralelamente ao Congresso da ECO 92.
O Modelo 1, mais conhecido e denominado Aquecedor Solar de Baixo Custo, ou ASBC, é um aquecedor solar típico, que funciona com coletores solares e reservatório térmico. Os coletores são manufaturados pelo usuário a partir de um material denominado forro alveolar (forrinho PVC ou divisórias PVC), contando com reservatório térmico de caixa de água, isolado com materiais disponibilizados ao usuário a custo zero. Este modelo aquece de 150 a 250 litros de água por dia a uma temperatura de 45 a 55°C, com preço final variável de R$ 80,00 a R$ 160,00 por unidade familiar.
O Modelo 2, destinado à população rural carente, para ter o preço reduzido cerca de R$ 15,00 a unidade foi simplificado ao máximo. O resultado de 5 anos de tentativas levou à elaboração de um grande reservatório (tipo almofada), soldado eletronicamente em filme PVC flexível. Este modelo aquece de 150 a 200 litros de água por dia, a uma temperatura de 35 a 48°C, dependendo da latitude de sua aplicação. O modelo foi fabricado experimentalmente, com apoio financeiro da indústria Sansuy Plásticos, e entregue às prefeituras, para repasse às famílias necessitadas, visando a gerar conforto e redução de consumo de lenha.
A disseminação e a divulgação dos resultados desta pesquisa têm sido realizadas mediante a sensibilização de instituições e entidades ligadas à população carente (escolas de ensino fundamental e médio, secretarias de prefeituras municipais, equipes de mutirões, entidades assistenciais etc.). A meta tem sido formar, por meio do Centro de Irradiação Tecnológica da Sociedade do Sol, o maior número possível de disseminadores e divulgadores da nova e simples tecnologia solar.
Quanto às instruções de montagem do ASBC, na homepage da Sociedade do Sol, os pesquisadores disponibilizam, gratuitamente, para download um manual de instruções de manufatura e outro sobre dúvidas e sugestões. Estes manuais são destinados à montagem e instalação de aquecedores experimentais em ambiente familiar, por cooperativas, mutirões, dentre outros, sem objetivo de produção em escala industrial para comercialização.
O projeto tem demonstrado sua viabilidade técnica e econômica. Os manuais são constantemente atualizados, com o retorno das informações provenientes dos montadores dos aquecedores de todo o Brasil. Este modelo de produção e disseminação de informação poderia, grosso modo, ser denominado Linux Solar.
Outras informações
- A Sociedade do Sol, no desenvolvimento de suas atividades, obteve os seguintes resultados:
1. Implantação do Centro de Irradiação Tecnológica para ensinar como montar aquecedores solares, atendendo desde pequenas residências a grandes usuários de água pré-aquecida. Informações sobre datas e custos podem ser obtidas pelo endereço eletrônico secretaria@sociedadedosol.org.br. Complementando os serviços prestados por este Centro, a Sociedade do Sol conta com um Serviço de Consultoria para assuntos relacionados a calor ambiental em edificações. Essa consultoria, também, auxilia usuários a projetar seus aquecedores, quando suas especificações extrapolam a tecnologia oferecida nos manuais de construção. A este serviço, ainda, inclui interessados em instalar empresas de revenda para kits de materiais do ASBC.
2. Implementação do Centro de Estudos de Desidratação e Secagem de Produtos Agrícolas, considerando que o pequeno agricultor brasileiro dificilmente tem acesso aos dispositivos para secagem e desidratação de produtos agrícolas. Este Centro visa a desenvolver equipamentos de baixo custo, que permitam dar sobrevida às safras e viabilizem a comercialização nos momentos economicamente mais oportunos ou vantajosos. A Sociedade do Sol realiza revisão da literatura mundial para as experiências práticas no campus do Ipen-USP.
3. Instalação experimental do ASBC em 100 entidades assistenciais, considerando que estas arcam com altas despesas de energia elétrica para aquecer os banhos de seus assistidos. A Sociedade do Sol tem buscado apoios institucionais para levar água quente solar a cerca de 15mil destes assistidos. O resultado final consiste em uma economia cerca de R$ 1.400.000,00/ano em energia para estas entidades, ou R$ 90,00/ano por assistido.
4. Desenvolvimento de novos coletores solares:
4.1 Coletor solar de baixo custo profissional: em parceria com Agência de Energia Elétrica (Aneel) e uma distribuidora de energia, a Sociedade do Sol desenvolve um novo tipo de coletor, a ser fabricado industrialmente, para atender diversos segmentos como motéis, indústrias, clubes, piscinas etc. Sua durabilidade está projetada para 15 anos, suportando maior temperatura que o coletor ASBC tradicional de PVC. Este projeto associativo inclui o desenvolvimento de guias práticos, como o manual de projeto e instalação de grandes aquecedores solares e o manual de manufatura industrial do coletor solar profissional.
4.2 Coletor de mangueira termoplástica: para validar a crença popular, de que uma mangueira de jardim cheia de água e exposta ao sol consiste em uma boa forma de aquecer água, a Sociedade do Sol desenvolveu um ASBC completo baseado nesse conceito. Pesquisadores brasileiros filiados à Sociedade do Sol (SoSol) - uma ONG de caráter socioambiental, atuante no Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec), localizada no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), no campus da Universidade de São Paulo (USP) - desenvolvem projetos de modelos de aquecedores solares para populações de baixa renda. Os equipamentos são capazes de fornecer a maior parte da energia térmica consumida pelo chuveiro elétrico, promovendo sensível economia energética, doméstica e nacional. Além deste fato, a energia solar é ecologicamente limpa, ao contrário da energia proveniente das novas usinas termoelétricas, em fase de implantação, que causam poluição local e aquecimento planetário. No Brasil, diante da necessidade da busca de práticas tecnológicas e sociais na área de energia solar e renovável, estes equipamentos surgem para auxiliar na redução da demanda elétrica nacional, visto que cerca de 7 a 10% de toda a energia gerada no país é consumida em, aproximadamente, 50 milhões de chuveiros elétricos ligados todos os dias. ASBCs ASBCs ASBCs Os cientistas desenvolvem desde sua entrada no Cietec, em janeiro de 1999, dois modelos de aquecedores de baixo custo. Os conceitos já tinham sido idealizados para a Conferência Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO 92) no Rio de Janeiro, com o incentivo do Sebrae (Serviço Brasileiro Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que apresentou o primeiro protótipo do aquecedor na feira industrial que ocorreu paralelamente ao Congresso da ECO 92. O Modelo 1, mais conhecido e denominado Aquecedor Solar de Baixo Custo, ou ASBC, é um aquecedor solar típico, que funciona com coletores solares e reservatório térmico. Os coletores são manufaturados pelo usuário a partir de um material denominado forro alveolar (forrinho PVC ou divisórias PVC), contando com reservatório térmico de caixa de água, isolado com materiais disponibilizados ao usuário a custo zero. Este modelo aquece de 150 a 250 litros de água por dia a uma temperatura de 45 a 55°C, com preço final variável de R$ 80,00 a R$ 160,00 por unidade familiar. O Modelo 2, destinado à população rural carente, para ter o preço reduzido cerca de R$ 15,00 a unidade foi simplificado ao máximo. O resultado de 5 anos de tentativas levou à elaboração de um grande reservatório (tipo almofada), soldado eletronicamente em filme PVC flexível. Este modelo aquece de 150 a 200 litros de água por dia, a uma temperatura de 35 a 48°C, dependendo da latitude de sua aplicação. O modelo foi fabricado experimentalmente, com apoio financeiro da indústria Sansuy Plásticos, e entregue às prefeituras, para repasse às famílias necessitadas, visando a gerar conforto e redução de consumo de lenha. A disseminação e a divulgação dos resultados desta pesquisa têm sido realizadas mediante a sensibilização de instituições e entidades ligadas à população carente (escolas de ensino fundamental e médio, secretarias de prefeituras municipais, equipes de mutirões, entidades assistenciais etc.). A meta tem sido formar, por meio do Centro de Irradiação Tecnológica da Sociedade do Sol, o maior número possível de disseminadores e divulgadores da nova e simples tecnologia solar. Quanto às instruções de montagem do ASBC, na homepage da Sociedade do Sol, os pesquisadores disponibilizam, gratuitamente, para download um manual de instruções de manufatura e outro sobre dúvidas e sugestões. Estes manuais são destinados à montagem e instalação de aquecedores experimentais em ambiente familiar, por cooperativas, mutirões, dentre outros, sem objetivo de produção em escala industrial para comercialização. O projeto tem demonstrado sua viabilidade técnica e econômica. Os manuais são constantemente atualizados, com o retorno das informações provenientes dos montadores dos aquecedores de todo o Brasil. Este modelo de produção e disseminação de informação poderia, grosso modo, ser denominado Linux Solar. 00053_1.jpg 00053_2 (1).jpg 236.jpg |
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Agência Nacional de Energia Elétrica Financiadora de Estudos e Projetos Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia Sociedade do Sol: Energia solar |
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252682024-10-01T19:00:43Z1[CeS] Textos de divulgação Aquecedores solares de baixo custo alternativas tecnológicas e sociais eficientes Augustin Thomas Gert Ernst Woelz Energia Aquecedor solar Economia Agência Nacional de Energia Elétrica Financiadora de Estudos e Projetos Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia Sociedade do Sol: Energia solar 2002-12-09 236.jpg vignette : https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/large/38dfc3c5486abf639d1a934357be46a9f4f6d72c.jpg Os cientistas desenvolvem desde sua entrada no Cietec, em janeiro de 1999, dois modelos de aquecedores de baixo custo. Os conceitos já tinham sido idealizados para a Conferência Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO 92) no Rio de Janeiro, com o incentivo do Sebrae (Serviço Brasileiro Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que apresentou o primeiro protótipo do aquecedor na feira industrial que ocorreu paralelamente ao Congresso da ECO 92. O Modelo 1, mais conhecido e denominado Aquecedor Solar de Baixo Custo, ou ASBC, é um aquecedor solar típico, que funciona com coletores solares e reservatório térmico. Os coletores são manufaturados pelo usuário a partir de um material denominado forro alveolar (forrinho PVC ou divisórias PVC), contando com reservatório térmico de caixa de água, isolado com materiais disponibilizados ao usuário a custo zero. Este modelo aquece de 150 a 250 litros de água por dia a uma temperatura de 45 a 55°C, com preço final variável de R$ 80,00 a R$ 160,00 por unidade familiar. O Modelo 2, destinado à população rural carente, para ter o preço reduzido cerca de R$ 15,00 a unidade foi simplificado ao máximo. O resultado de 5 anos de tentativas levou à elaboração de um grande reservatório (tipo almofada), soldado eletronicamente em filme PVC flexível. Este modelo aquece de 150 a 200 litros de água por dia, a uma temperatura de 35 a 48°C, dependendo da latitude de sua aplicação. O modelo foi fabricado experimentalmente, com apoio financeiro da indústria Sansuy Plásticos, e entregue às prefeituras, para repasse às famílias necessitadas, visando a gerar conforto e redução de consumo de lenha. A disseminação e a divulgação dos resultados desta pesquisa têm sido realizadas mediante a sensibilização de instituições e entidades ligadas à população carente (escolas de ensino fundamental e médio, secretarias de prefeituras municipais, equipes de mutirões, entidades assistenciais etc.). A meta tem sido formar, por meio do Centro de Irradiação Tecnológica da Sociedade do Sol, o maior número possível de disseminadores e divulgadores da nova e simples tecnologia solar. Quanto às instruções de montagem do ASBC, na homepage da Sociedade do Sol, os pesquisadores disponibilizam, gratuitamente, para download um manual de instruções de manufatura e outro sobre dúvidas e sugestões. Estes manuais são destinados à montagem e instalação de aquecedores experimentais em ambiente familiar, por cooperativas, mutirões, dentre outros, sem objetivo de produção em escala industrial para comercialização. O projeto tem demonstrado sua viabilidade técnica e econômica. Os manuais são constantemente atualizados, com o retorno das informações provenientes dos montadores dos aquecedores de todo o Brasil. Este modelo de produção e disseminação de informação poderia, grosso modo, ser denominado Linux Solar. Outras informações - A Sociedade do Sol, no desenvolvimento de suas atividades, obteve os seguintes resultados: 1. Implantação do Centro de Irradiação Tecnológica para ensinar como montar aquecedores solares, atendendo desde pequenas residências a grandes usuários de água pré-aquecida. Informações sobre datas e custos podem ser obtidas pelo endereço eletrônico secretaria@sociedadedosol.org.br. Complementando os serviços prestados por este Centro, a Sociedade do Sol conta com um Serviço de Consultoria para assuntos relacionados a calor ambiental em edificações. Essa consultoria, também, auxilia usuários a projetar seus aquecedores, quando suas especificações extrapolam a tecnologia oferecida nos manuais de construção. A este serviço, ainda, inclui interessados em instalar empresas de revenda para kits de materiais do ASBC. 2. Implementação do Centro de Estudos de Desidratação e Secagem de Produtos Agrícolas, considerando que o pequeno agricultor brasileiro dificilmente tem acesso aos dispositivos para secagem e desidratação de produtos agrícolas. Este Centro visa a desenvolver equipamentos de baixo custo, que permitam dar sobrevida às safras e viabilizem a comercialização nos momentos economicamente mais oportunos ou vantajosos. A Sociedade do Sol realiza revisão da literatura mundial para as experiências práticas no campus do Ipen-USP. 3. Instalação experimental do ASBC em 100 entidades assistenciais, considerando que estas arcam com altas despesas de energia elétrica para aquecer os banhos de seus assistidos. A Sociedade do Sol tem buscado apoios institucionais para levar água quente solar a cerca de 15mil destes assistidos. O resultado final consiste em uma economia cerca de R$ 1.400.000,00/ano em energia para estas entidades, ou R$ 90,00/ano por assistido. 4. Desenvolvimento de novos coletores solares: 4.1 Coletor solar de baixo custo profissional: em parceria com Agência de Energia Elétrica (Aneel) e uma distribuidora de energia, a Sociedade do Sol desenvolve um novo tipo de coletor, a ser fabricado industrialmente, para atender diversos segmentos como motéis, indústrias, clubes, piscinas etc. Sua durabilidade está projetada para 15 anos, suportando maior temperatura que o coletor ASBC tradicional de PVC. Este projeto associativo inclui o desenvolvimento de guias práticos, como o manual de projeto e instalação de grandes aquecedores solares e o manual de manufatura industrial do coletor solar profissional. 4.2 Coletor de mangueira termoplástica: para validar a crença popular, de que uma mangueira de jardim cheia de água e exposta ao sol consiste em uma boa forma de aquecer água, a Sociedade do Sol desenvolveu um ASBC completo baseado nesse conceito. Pesquisadores brasileiros filiados à Sociedade do Sol (SoSol) - uma ONG de caráter socioambiental, atuante no Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec), localizada no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), no campus da Universidade de São Paulo (USP) - desenvolvem projetos de modelos de aquecedores solares para populações de baixa renda. Os equipamentos são capazes de fornecer a maior parte da energia térmica consumida pelo chuveiro elétrico, promovendo sensível economia energética, doméstica e nacional. Além deste fato, a energia solar é ecologicamente limpa, ao contrário da energia proveniente das novas usinas termoelétricas, em fase de implantação, que causam poluição local e aquecimento planetário. No Brasil, diante da necessidade da busca de práticas tecnológicas e sociais na área de energia solar e renovável, estes equipamentos surgem para auxiliar na redução da demanda elétrica nacional, visto que cerca de 7 a 10% de toda a energia gerada no país é consumida em, aproximadamente, 50 milhões de chuveiros elétricos ligados todos os dias. ASBCs ASBCs ASBCs Os cientistas desenvolvem desde sua entrada no Cietec, em janeiro de 1999, dois modelos de aquecedores de baixo custo. Os conceitos já tinham sido idealizados para a Conferência Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO 92) no Rio de Janeiro, com o incentivo do Sebrae (Serviço Brasileiro Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que apresentou o primeiro protótipo do aquecedor na feira industrial que ocorreu paralelamente ao Congresso da ECO 92. O Modelo 1, mais conhecido e denominado Aquecedor Solar de Baixo Custo, ou ASBC, é um aquecedor solar típico, que funciona com coletores solares e reservatório térmico. Os coletores são manufaturados pelo usuário a partir de um material denominado forro alveolar (forrinho PVC ou divisórias PVC), contando com reservatório térmico de caixa de água, isolado com materiais disponibilizados ao usuário a custo zero. Este modelo aquece de 150 a 250 litros de água por dia a uma temperatura de 45 a 55°C, com preço final variável de R$ 80,00 a R$ 160,00 por unidade familiar. O Modelo 2, destinado à população rural carente, para ter o preço reduzido cerca de R$ 15,00 a unidade foi simplificado ao máximo. O resultado de 5 anos de tentativas levou à elaboração de um grande reservatório (tipo almofada), soldado eletronicamente em filme PVC flexível. Este modelo aquece de 150 a 200 litros de água por dia, a uma temperatura de 35 a 48°C, dependendo da latitude de sua aplicação. O modelo foi fabricado experimentalmente, com apoio financeiro da indústria Sansuy Plásticos, e entregue às prefeituras, para repasse às famílias necessitadas, visando a gerar conforto e redução de consumo de lenha. A disseminação e a divulgação dos resultados desta pesquisa têm sido realizadas mediante a sensibilização de instituições e entidades ligadas à população carente (escolas de ensino fundamental e médio, secretarias de prefeituras municipais, equipes de mutirões, entidades assistenciais etc.). A meta tem sido formar, por meio do Centro de Irradiação Tecnológica da Sociedade do Sol, o maior número possível de disseminadores e divulgadores da nova e simples tecnologia solar. Quanto às instruções de montagem do ASBC, na homepage da Sociedade do Sol, os pesquisadores disponibilizam, gratuitamente, para download um manual de instruções de manufatura e outro sobre dúvidas e sugestões. Estes manuais são destinados à montagem e instalação de aquecedores experimentais em ambiente familiar, por cooperativas, mutirões, dentre outros, sem objetivo de produção em escala industrial para comercialização. O projeto tem demonstrado sua viabilidade técnica e econômica. Os manuais são constantemente atualizados, com o retorno das informações provenientes dos montadores dos aquecedores de todo o Brasil. Este modelo de produção e disseminação de informação poderia, grosso modo, ser denominado Linux Solar. 00053_1.jpg 00053_2 (1).jpg 236.jpg Aquecedores Solares de Baixo Custo Pesquisadores brasileiros filiados à Sociedade do Sol (SoSol) - uma ONG de caráter socioambiental, desenvolvem projetos de modelos de aquecedores solares para populações de baixa renda. 2002-12-09 http://www.proceedings.scielo.br/pdf/agrener/n4v1/019.pdf Engenharias Os cientistas desenvolvem desde sua entrada no Cietec, em janeiro de 1999, dois modelos de aquecedores de baixo custo. Os conceitos já tinham sido idealizados para a Conferência Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO 92) no Rio de Janeiro, com o incentivo do Sebrae (Serviço Brasileiro Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que apresentou o primeiro protótipo do aquecedor na feira industrial que ocorreu paralelamente ao Congresso da ECO 92. O Modelo 1, mais conhecido e denominado Aquecedor Solar de Baixo Custo, ou ASBC, é um aquecedor solar típico, que funciona com coletores solares e reservatório térmico. Os coletores são manufaturados pelo usuário a partir de um material denominado forro alveolar (forrinho PVC ou divisórias PVC), contando com reservatório térmico de caixa de água, isolado com materiais disponibilizados ao usuário a custo zero. Este modelo aquece de 150 a 250 litros de água por dia a uma temperatura de 45 a 55°C, com preço final variável de R$ 80,00 a R$ 160,00 por unidade familiar. O Modelo 2, destinado à população rural carente, para ter o preço reduzido cerca de R$ 15,00 a unidade foi simplificado ao máximo. O resultado de 5 anos de tentativas levou à elaboração de um grande reservatório (tipo almofada), soldado eletronicamente em filme PVC flexível. Este modelo aquece de 150 a 200 litros de água por dia, a uma temperatura de 35 a 48°C, dependendo da latitude de sua aplicação. O modelo foi fabricado experimentalmente, com apoio financeiro da indústria Sansuy Plásticos, e entregue às prefeituras, para repasse às famílias necessitadas, visando a gerar conforto e redução de consumo de lenha. A disseminação e a divulgação dos resultados desta pesquisa têm sido realizadas mediante a sensibilização de instituições e entidades ligadas à população carente (escolas de ensino fundamental e médio, secretarias de prefeituras municipais, equipes de mutirões, entidades assistenciais etc.). A meta tem sido formar, por meio do Centro de Irradiação Tecnológica da Sociedade do Sol, o maior número possível de disseminadores e divulgadores da nova e simples tecnologia solar. Quanto às instruções de montagem do ASBC, na homepage da Sociedade do Sol, os pesquisadores disponibilizam, gratuitamente, para download um manual de instruções de manufatura e outro sobre dúvidas e sugestões. Estes manuais são destinados à montagem e instalação de aquecedores experimentais em ambiente familiar, por cooperativas, mutirões, dentre outros, sem objetivo de produção em escala industrial para comercialização. O projeto tem demonstrado sua viabilidade técnica e econômica. Os manuais são constantemente atualizados, com o retorno das informações provenientes dos montadores dos aquecedores de todo o Brasil. Este modelo de produção e disseminação de informação poderia, grosso modo, ser denominado Linux Solar. 00053_1.jpg 00053_2 (1).jpg 236.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/api/items/25268 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/38dfc3c5486abf639d1a934357be46a9f4f6d72c.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/0a77db859f5e2a97148334313ba9213148ea27ea.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/9e682ff63b45c7f4325955bed4855fffdf6c4f51.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/8e264b2bda8686ca7e9e4b0da5a800e625071284.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/2a959f1075a55a5f9c728e0b360631eac23db84b.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/6e70c5c72ff288e2c4c1d6d03102c637457193e8.jpg |