Pesquisadores instalam recifes artificiais no litoral fluminense para avaliar seu uso como forma de melhoria da pesca
Autor principal: | |
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2013
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A caracterização dos papéis funcionais do recife artificial (alimentação, abrigo, reprodução/berçário) como atrator de peixes. E a instalação de recifes artificiais no litoral fluminense. |
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A partir dos resultados da pesquisa será possível estabelecer uma metodologia para aumentar a capacidade de captura de peixes através do incremento de ambientes (isto é, através da instalação de recifes artificiais).
Além disso, o estudo vai abrir a possibilidade de proporcionar ambientes específicos para espécies-alvo (tipos de peixe mais desejados), fornecendo alternativas de recursos costeiros ao pescador artesanal. A instalação de recifes artificiais no litoral onde podem proliferar comunidades bênticas (isto é, da fauna do fundo do mar, como ostras, moluscos, etc), que servem de alimentação aos peixes, tem atraído cada vez mais a atenção dos especialistas. De fato, estes recifes constituem uma alternativa para a aqüicultura (a criação de peixes em cativeiro), para o aumento da produtividade pesqueira e para recuperação de áreas costeiras degradadas. A avaliação do programa de pesquisas “Recifes Artificiais no Litoral Norte do Rio de Janeiro”, realizado entre os anos de 1996 e 1998, indicou o potencial dos substratos experimentais submersos (isto é, as estruturas em forma de iglu, colocadas sob a água, que constituem os recifes artificiais) como atrator de recursos pesqueiros na região, a partir do estabelecimento das comunidades epibênticas (isto é, de animais que vivem sobre a superfície do recife, ao contrário das endobênticas, que vivem dentro dele) colonizadoras. Em outras palavras: a instalação de recifes artificiais propicia a colonização por animais que, por sua vez, servem de alimentação aos peixes. Assim, esses recifes acabam se tornando pontos de atração de cardumes, incrementando a pesca em seus arredores. Por isso pesquisadores da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro propuseram-se, nesta pesquisa, a caracterizar os papéis funcionais do recife artificial (alimentação, abrigo, reprodução/berçário) como atrator de peixes. A pesquisa também vai estudar os padrões de associação das comunidades bêntica e íctica (de peixes), ou seja, como esses animais estão associados, como alimentos uns dos outros, dentro do ambiente; bem como a sobreposição alimentar entre os organismos que se utilizam do complexo recifal como atrator trófico (isto é, ponto de atração para encontrar alimento). As unidades experimentais, conhecidas pelo nome inglês reef balls, e que constituem os recifes artificiais propriamente ditos, são constituídas de 36 estruturas de concreto pesando de 300 a 400 quilos cada, com 1 metro de diâmetro de base e 80 centímetros de altura. Para testar a importância relativa do recife artificial, como fonte de provisão de recursos alimentares bênticos e a relação entre a heterogeneidade e abundância de refúgios para a sustentação da comunidade íctica, foi elaborado uma experiência estatística. Metade das unidades (18 reef balls) será pintada com tinta anti-incrustante para inibir o desenvolvimento das comunidades bênticas, base alimentar dos peixes (ou seja, estes recifes não proporcionarão alimentação aos peixes). A outra metade (18 reef balls) será preenchida com concreto, para propiciar uma complexidade estrutural adicional (isto é, refúgio para os peixes). No total, portanto, os pesquisadores trabalharão avaliando 4 tipos diversos de tratamentos dos recifes artificiais (T1: sem tinta e preenchido; T2: sem tinta e aberto; T3: com tinta e preenchido; T4: com tinta e aberto). Para a amostragem íctica na área de pesquisa serão utilizadas redes de espera de 25 por 7 metros com malhas entre nós adjacentes de 30 milímetros no complexo recifal. As capturas serão complementadas com um censo visual. A amostragem dos agrupamentos epibênticos será desenvolvida em painéis de material idêntico ao dos reef balls, fixados sobre os mesmos. Os peixes capturados serão identificados, pesados, medidos, quantificados e investigados quanto aos hábitos alimentares e reprodutivos. Os painéis de incrustação serão analisados sob microscópio estereoscópio com uma técnica que determina o percentual de cobertura das espécies epibênticas presentes (ou seja, que percentual do recife foi coberto pela proliferação dos organismos). |
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro |
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235022024-10-01T19:00:31Z1[CeS] Textos de divulgação Pesquisadores instalam recifes artificiais no litoral fluminense para avaliar seu uso como forma de melhoria da pesca Ilana Rosental Zalmon Biologia Ecossistemas Litorâneos Diagnóstico ambiental Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro 2013-11-26 155.jpg vignette : https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/large/feba3ca0162efc83b13ff27bb53b9c0c83f5d196.jpg A partir dos resultados da pesquisa será possível estabelecer uma metodologia para aumentar a capacidade de captura de peixes através do incremento de ambientes (isto é, através da instalação de recifes artificiais). Além disso, o estudo vai abrir a possibilidade de proporcionar ambientes específicos para espécies-alvo (tipos de peixe mais desejados), fornecendo alternativas de recursos costeiros ao pescador artesanal. A instalação de recifes artificiais no litoral onde podem proliferar comunidades bênticas (isto é, da fauna do fundo do mar, como ostras, moluscos, etc), que servem de alimentação aos peixes, tem atraído cada vez mais a atenção dos especialistas. De fato, estes recifes constituem uma alternativa para a aqüicultura (a criação de peixes em cativeiro), para o aumento da produtividade pesqueira e para recuperação de áreas costeiras degradadas. A avaliação do programa de pesquisas “Recifes Artificiais no Litoral Norte do Rio de Janeiro”, realizado entre os anos de 1996 e 1998, indicou o potencial dos substratos experimentais submersos (isto é, as estruturas em forma de iglu, colocadas sob a água, que constituem os recifes artificiais) como atrator de recursos pesqueiros na região, a partir do estabelecimento das comunidades epibênticas (isto é, de animais que vivem sobre a superfície do recife, ao contrário das endobênticas, que vivem dentro dele) colonizadoras. Em outras palavras: a instalação de recifes artificiais propicia a colonização por animais que, por sua vez, servem de alimentação aos peixes. Assim, esses recifes acabam se tornando pontos de atração de cardumes, incrementando a pesca em seus arredores. Por isso pesquisadores da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro propuseram-se, nesta pesquisa, a caracterizar os papéis funcionais do recife artificial (alimentação, abrigo, reprodução/berçário) como atrator de peixes. A pesquisa também vai estudar os padrões de associação das comunidades bêntica e íctica (de peixes), ou seja, como esses animais estão associados, como alimentos uns dos outros, dentro do ambiente; bem como a sobreposição alimentar entre os organismos que se utilizam do complexo recifal como atrator trófico (isto é, ponto de atração para encontrar alimento). As unidades experimentais, conhecidas pelo nome inglês reef balls, e que constituem os recifes artificiais propriamente ditos, são constituídas de 36 estruturas de concreto pesando de 300 a 400 quilos cada, com 1 metro de diâmetro de base e 80 centímetros de altura. Para testar a importância relativa do recife artificial, como fonte de provisão de recursos alimentares bênticos e a relação entre a heterogeneidade e abundância de refúgios para a sustentação da comunidade íctica, foi elaborado uma experiência estatística. Metade das unidades (18 reef balls) será pintada com tinta anti-incrustante para inibir o desenvolvimento das comunidades bênticas, base alimentar dos peixes (ou seja, estes recifes não proporcionarão alimentação aos peixes). A outra metade (18 reef balls) será preenchida com concreto, para propiciar uma complexidade estrutural adicional (isto é, refúgio para os peixes). No total, portanto, os pesquisadores trabalharão avaliando 4 tipos diversos de tratamentos dos recifes artificiais (T1: sem tinta e preenchido; T2: sem tinta e aberto; T3: com tinta e preenchido; T4: com tinta e aberto). Para a amostragem íctica na área de pesquisa serão utilizadas redes de espera de 25 por 7 metros com malhas entre nós adjacentes de 30 milímetros no complexo recifal. As capturas serão complementadas com um censo visual. A amostragem dos agrupamentos epibênticos será desenvolvida em painéis de material idêntico ao dos reef balls, fixados sobre os mesmos. Os peixes capturados serão identificados, pesados, medidos, quantificados e investigados quanto aos hábitos alimentares e reprodutivos. Os painéis de incrustação serão analisados sob microscópio estereoscópio com uma técnica que determina o percentual de cobertura das espécies epibênticas presentes (ou seja, que percentual do recife foi coberto pela proliferação dos organismos). Papel funcional de um recife artificial no litoral norte do estado do Rio de Janeiro A caracterização dos papéis funcionais do recife artificial (alimentação, abrigo, reprodução/berçário) como atrator de peixes. E a instalação de recifes artificiais no litoral fluminense. 2013-11-26 Ciências Biológicas As unidades experimentais, conhecidas pelo nome inglês reef balls, e que constituem os recifes artificiais propriamente ditos, são constituídas de 36 estruturas de concreto pesando de 300 a 400 quilos cada, com 1 metro de diâmetro de base e 80 centímetros de altura. Para testar a importância relativa do recife artificial, como fonte de provisão de recursos alimentares bênticos e a relação entre a heterogeneidade e abundância de refúgios para a sustentação da comunidade íctica, foi elaborado uma experiência estatística. Metade das unidades (18 reef balls) será pintada com tinta anti-incrustante para inibir o desenvolvimento das comunidades bênticas, base alimentar dos peixes (ou seja, estes recifes não proporcionarão alimentação aos peixes). A outra metade (18 reef balls) será preenchida com concreto, para propiciar uma complexidade estrutural adicional (isto é, refúgio para os peixes). No total, portanto, os pesquisadores trabalharão avaliando 4 tipos diversos de tratamentos dos recifes artificiais (T1: sem tinta e preenchido; T2: sem tinta e aberto; T3: com tinta e preenchido; T4: com tinta e aberto). Para a amostragem íctica na área de pesquisa serão utilizadas redes de espera de 25 por 7 metros com malhas entre nós adjacentes de 30 milímetros no complexo recifal. As capturas serão complementadas com um censo visual. A amostragem dos agrupamentos epibênticos será desenvolvida em painéis de material idêntico ao dos reef balls, fixados sobre os mesmos. Os peixes capturados serão identificados, pesados, medidos, quantificados e investigados quanto aos hábitos alimentares e reprodutivos. Os painéis de incrustação serão analisados sob microscópio estereoscópio com uma técnica que determina o percentual de cobertura das espécies epibênticas presentes (ou seja, que percentual do recife foi coberto pela proliferação dos organismos). https://repositorio.canalciencia.ibict.br/api/items/23502 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/feba3ca0162efc83b13ff27bb53b9c0c83f5d196.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/3ae4797af0dc13b9de4caca7c0914f705ad93a26.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/c4458bf850de609259980544203f3d9d4bca759e.jpg |